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Operação internacional contra pornografia infantil tem prisões no Brasil

Rede partia de site sul-coreano que usava a criptomoeda bitcoin para vender 250 mil vídeos que retratam abuso sexual infantil; 23 vítimas foram resgatadas

Investigação: várias outras pessoas acusadas no caso já foram condenadas e cumprem penas de prisão de até 15 anos (Steve Marcus/Reuters)

Investigação: várias outras pessoas acusadas no caso já foram condenadas e cumprem penas de prisão de até 15 anos (Steve Marcus/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 14h49.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 15h45.

Washington — Autoridades policiais de vários países disseram nesta quarta-feira que prenderam centenas de pessoas por participação em uma rede de pornografia infantil que usava tecnologia sofisticada para ocultar a identidade de seus usuários, inclusive no Brasil.

Autoridades de Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul descreveram a rede como uma das maiores operações de pornografia infantil que haviam encontrado até o momento. Além destes países e do Brasil, a operação também aconteceu na Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Irlanda, entre outros, segundo informou o Departamento de Justiça.

O site sul-coreano usava a criptomoeda bitcoin para vender 250 mil vídeos que retratam abuso sexual infantil, disseram as autoridades.

O operador do site, um sul-coreano chamado Jong Woo Son, e 337 usuários em 12 países diferentes, foram acusados até o momento, disseram autoridades.

Son, que cumpre sentença de 18 meses na Coreia do Sul, também foi indiciado por acusações federais em Washington.

"Sites da darkweb que se beneficiam da exploração sexual estão entre as formas mais infames e reprováveis de ação criminosa. O governo (dos EUA) não permitirá que os predadores de menores usem espaços online ilegais como escudo", afirmou o procurador-geral adjunto Brian A. Benczkowski, em entrevista coletiva.

Várias outras pessoas acusadas no caso já foram condenadas e cumprem penas de prisão de até 15 anos, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.

A investigação levou ao resgate de pelo menos 23 vítimas menores de idade de EUA, Reino Unido e Espanha, que estavam sendo ativamente abusadas por usuários do site, informou o Departamento de Justiça. Muitas crianças nos vídeos ainda não foram identificadas.

O site é um dos primeiros a monetizar pornografia infantil usando bitcoin, o que permite aos usuários ocultar suas identidades durante transações financeiras.

Os usuários conseguiram resgatar a moeda digital em troca de pontos que poderiam gastar baixando vídeos ou comprando contas "VIP" com tudo que você pode assistir. Também é possível ganhar pontos com o upload de pornografia infantil inédita.

O Departamento de Justiça disse que o site captou ao menos 370 mil dólares em bitcoin antes de ser suspenso em março de 2018 e que a criptomoeda foi lavada através de três transações de moedas digitais sem nome.

(Reuters e EFE)

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