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Intelectuais exigem libertação de integrantes do Pussy Riot

Filósofo esloveno Slávoj Zizek e outros 29 pensadores europeus publicaram carta aberta a favor das russas Nadezha Tolokónnikova e María Aliójina

Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda "Pussy Riot", atrás das grades (Maksim Blinov/AFP)

Nadezhda Tolokonnikova, membro da banda "Pussy Riot", atrás das grades (Maksim Blinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2013 às 08h04.

São Paulo - O filósofo esloveno Slávoj Zizek e outros 29 intelectuais europeus exigiram à Rússia, através de uma carta aberta publicada neste sábado pelo jornal alemão 'Die Welt', a libertação das integrantes do grupo Pussy Riot Nadezha Tolokónnikova e María Aliójina.

Nadezha, que começou uma greve de fome em outubro para protestar contra sua situação, foi transferida, segundo a carta, para 4 mil quilômetros de distância de Moscou, à região siberiana de Krasnoyarsk (centro da Rússia).

De acordo com os signatários, é uma situação que não acontecia desde os tempos da extinta União Soviética, com a 'perseguição de todos os dissidentes'.

Por isso, afirmam os intelectuais, a cantora se tornou 'um símbolo de todos os reprimidos' pelo governo do presidente russo, Vladimir Putin, como os coletivos de homossexuais, os opositores e as ONGs.

O manifesto crítica ainda que, 'diante dos cada vez mais frequentes ataques aos direitos humanos, a Europa permanece surpreendentemente calada'.

Principal nome do movimento, Zizek se correspondeu com Nadezha enquanto ela estava na prisão. Em uma das cartas, a integrante do grupo criticou 'a indulgência dos governos ocidentais diante da repressiva política de Vladimir Putin' e afirmou que 'se veria como um gesto ético o boicote aos Jogos Olímpicos de Sochi' que acontecem em fevereiro de 2014 na cidade russa.

Por isso, o grupo de pensadores pede aos governos europeus que aumentem a pressão sobre o governo de Putin, para que 'Nadezha Tolokónnikova e María Aliójina sejam libertadas sem demora'.

'É hora de lembrar' à Rússia de que 'é um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas' e que 'assinou os acordos internacionais de direitos humanos, que incluem o direito fundamental à liberdade' concluem.

Tolokónnikova e Aliójina cumprem pena de dois anos por 'vandalismo motivado por ódio religioso' após encenar em fevereiro de 2012 uma 'missa punk' no principal templo ortodoxo russo, enquanto a terceira detida, Yekaterina Samutsévich, está em liberdade condicional desde outubro do ano passado.

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