Cliente em supermercado de Buenos Aires (AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 16h21.
Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 20h33.
O índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina ficou em outubro em 193% na taxa anual, marcando sua sexta desaceleração consecutiva, informou nesta terça-feira, 12, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
No décimo mês do ano, os preços ao consumidor aumentaram 2,7% em comparação com setembro, o que implica uma desaceleração em relação à taxa mensal de 3,5% registrada no mês anterior.
O índice mensal de outubro é o mais baixo desde novembro de 2021, quando a variação mensal foi de 2,5%, e está bem abaixo das taxas registradas em dezembro (25,5%) e janeiro (20,6%) passados.
Após a súbita desvalorização do peso argentino implementada pelo governo de Javier Milei logo no início de seu mandato, em dezembro de 2023, e o impacto de suas primeiras medidas ultraliberais, os preços iniciaram uma tendência de queda na Argentina, resultado de um forte ajuste fiscal e monetário e de uma queda no consumo que reduziu a demanda.
De acordo com o relatório oficial divulgado nesta terça-feira, os preços dos bens tiveram uma variação positiva de 2,1% no mês passado em comparação com setembro, enquanto os serviços aumentaram 4,3%, dados que equivalem a 179,2% e 233,1%, respectivamente, na comparação interanual.
Entre os aumentos mensais registrados em outubro, destacam-se os de habitação, água, eletricidade e gás (5,4%), devido aos aumentos nos aluguéis e serviços, e nas roupas e calçados (4,4%).
Alimentos e bebidas não alcoólicas cresceram 1,2% em relação a setembro e 183,2% em termos interanuais.
Segundo o relatório oficial, a inflação argentina acumulou nos primeiros dez meses do ano um aumento de 107%.
Os preços ao consumidor acumularam em 2023 uma alta de 211,4% na Argentina, uma das maiores taxas do mundo no ano passado.
As previsões privadas mais recentes, coletadas mensalmente pelo Banco Central argentino, indicam que a inflação será de 120% este ano, com taxas mensais de 2,9% em novembro e 3,2% em dezembro.