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Indústria brasileira vai à COP26 mostrar que é sustentável

Iniciativas de empresas como ArcelorMittal, Grupo Energisa, JBS e Suzano são apresentadas no estande do Brasil

COP26: oportunidade de a indústria brasileira atrair investimentos (Agência/Getty Images)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 8 de novembro de 2021 às 17h05.

A ArcelorMittal, fabricante de aço, o Grupo Energisa, de energia, a JBS, de alimentos, e a Suzano, de papel e celulose, são algumas das indústrias que têm suas iniciativas de redução das emissões apresentadas no estande do Brasil na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas ( COP26 ).

Elas já foram expostas previamente em outubro, dia 25, na 126ª reunião do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coemas) da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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Em Glasgow, na Escócia, cada uma dessas iniciativas da indústria tem destaque em um dos pilares da estratégia de transição para uma economia de baixo carbono elaborada pela CNI. São eles: precificação de carbono, transição energética, economia circular e conservação florestal.

Metas do Brasil

A CNI afirma que o Brasil já se encontra na vanguarda da transição energética, “com elevada participação de fontes renováveis na matriz elétrica e segue em uma trajetória sustentável, ampliando cada vez mais o uso dessas fontes energéticas, como a eólica, solar e bioenergia, além de apostar em novas tecnologias, como o hidrogênio verde”.

Para que isso aconteça, a indústria defende a expansão do uso de fontes renováveis, o reconhecimento da importância dos biocombustíveis, o estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias de baixo carbono e ações de eficiência energética.

Em uma das frentes, o Programa Aliança, desenvolvido pela CNI e parceiros, busca reduzir o consumo de energia e de água em grandes indústrias por meio de ajustes nos processos de produção, identificar oportunidades de tratamento e reaproveitamento de efluentes e resíduos e de redução das emissões de gases do efeito estufa.

A primeira etapa do Aliança foi implementada entre 2017 e 2020 em 12 plantas industriais de setores como siderurgia, metalurgia e mineração, cimento, papel e celulose e químico. O potencial é de economizar 611 GWh/ano e evitar a emissão de mais de 40 toneladas de CO2. As indústrias participantes investiram R$ 5,75 milhões na iniciativa.

Na frente de precificação de carbono, a CNI propõe a adoção de um mercado baseado no sistema “ cap and trade ”, em que empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para as que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera, o que estimulará investimentos em tecnologias limpas.

No pilar de economia circular, a defesa é pela gestão estratégica dos recursos naturais, ampliando práticas de economia circular como ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem, ao longo de toda a cadeia de valor.

Por fim, em conservação florestal, o setor industrial defende a ampliação das áreas sob concessão florestal no país, o fortalecimento do manejo florestal sustentável e o estímulo aos negócios voltados à bioeconomia. Uma ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, sobretudo, na Amazônia, diz a CNI, é fundamental para reduzir os riscos associados às secas nas áreas de produção agropecuária e à perda da biodiversidade.

A COP26 também traz a oportunidade de a indústria brasileira atrair investimentos. Segundo dados levantados pela CNI, a América Latina e o Caribe ficaram com apenas 4,5% dos recursos de fundos climáticos. Para se ter uma ideia, a Ásia conquistou 38% desses recursos.

 

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