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Indonésia divulgará lista semanal de fake news sobre as eleições no país

O governo da Indonésia criou no ano passado a Agência Nacional do Ciberespaço e Encriptação para detectar crimes virtuais, mentiras e difamações online

Fake news: (Divulgação/Thinkstock)

Fake news: (Divulgação/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 11h20.

Jacarta - O Ministério da Comunicação da Indonésia publicará semanalmente uma lista de "fake news" encontradas na imprensa do país para advertir a população antes das eleições presidenciais de abril de 2019.

"As notícias e informações falsas serão reveladas ao público através do portal oficial do Ministério, todas as semanas, a partir de outubro", disse nesta quinta-feira à Agência EFE o porta-voz da pasta, Ferdinandus Setu.

O ministro da Comunicação, Rudiantara - que como muitos indonésios utiliza um só nome -, revelou à agência "Antara" que uma equipe de 70 pessoas irá monitorar o conteúdo da internet e dos veículos de imprensa do país não só para determinar quais notícias são falsas, mas também apresentar provas para que o povo possa interpretá-las e filtrá-las.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, designou em dezembro do ano passado a Agência Nacional do Ciberespaço e Encriptação (BSSN) para detectar crimes virtuais, mentiras e difamações online.

Os chegada à presidência de Widodo e seu governo foram afetados por várias campanhas de difamação que o acusaram de ter pertencido ao partido comunista, ilegal na Indonésia, favorecer a minoria chinesa e questionar sua fé muçulmana.

Seus adversários políticos também foram atingidos, como o candidato à vice-presidência, Sandiaga Uno, que nesta semana denunciou a existência de um site que informa sobre supostas relações extraconjugais do empresário.

Ativistas denunciam um aumento da influência dos grupos islâmicos na política e das tensões sociais, religiosas e étnicas por conta das notícias falsas divulgadas com fins políticos.

Mais de 187 milhões de indonésios devem votar nas eleições presidenciais de abril do ano que vem, entre uma população de mais de 260 milhões de habitantes, dos quais cerca de 90% são muçulmanos.

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