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Indicação de Meirelles abre corrida por cargos

Funcionários públicos não concursados do governo Lula que ainda estão sem cargos com Dilma estão apressando suas movimentações

Apesar de Meirelles ser filiado ao PMDB, partido não o considera indicação da legenda (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 12h41.

São Paulo - O convite da presidente Dilma Rousseff ao ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO) apressou a movimentação de funcionários não concursados do governo Lula que ainda estão sem lugar na nova administração. Segundo integrantes do governo ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, assessores e técnicos da Presidência e de alguns ministérios sonham ser acomodados no consórcio formado por União, Estado e prefeitura do Rio com a missão de coordenar as ações relacionadas com a Olimpíada de 2016.

Embora ainda se mostrem discretos em relação à APO, os partidos, surpresos com o convite a Meirelles, estão atentos à escolha do comando da nova autarquia. Apesar de ele ser filiado ao PMDB, os peemedebistas não o consideram indicação da legenda. “Vão dizer que o PMDB levou a APO e vai ocupar todos os cargos importantes” brincou ontem um parlamentar da legenda.

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Os números grandiosos da Autoridade Pública Olímpica explicam o interesse. A APO terá até 184 cargos comissionados (contratados sem concurso), com remuneração de R$ 15 mil a R$ 22,1 mil - salário do futuro presidente. O diretor-executivo receberá R$ 21 mil mensais. Seis diretores terão salário de R$ 20 mil. Haverá ainda 29 cargos de superintendência, de R$ 18 mil mensais; 92 cargos de supervisão, de R$ 15 mil. Por fim, 35 postos de assessoria com salários de R$ 15 mil e outros 20 assessores com remuneração de R$ 18 mil. Os cargos e salários estão detalhados na MP 503, a ser votada até 1.º de março.

Segundo a proposta, 300 servidores concursados poderão ser remanejados de órgãos públicos para a APO, com funções gratificadas, com pagamento extra de R$ 1 mil, R$ 3 mil ou R$ 5 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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