Pessoas fazem fila para votar durante eleições na Índia: aproximadamente 4,4 milhões de eleitores devem comparecer às urnas nestes quatro estados (REUTERS/Adnan Abidi)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 07h31.
Nova Délhi - A Índia realiza nesta quarta-feira a segunda fase das eleições gerais nos estados de Nagaland, Manipur, Arunachal Pradesh e Meghalaya no leste do país, onde estão em jogo seis das 543 cadeiras do parlamento nacional.
Cerca de 814 milhões de eleitores indianos estão aptos a votar de maneira sucessiva nas eleições que começaram na última segunda-feira e se prolongam por cinco semanas em nove fases até o dia 12 de maio, enquanto os resultados serão divulgados no dia 16 desse mês.
Aproximadamente 4,4 milhões de eleitores devem comparecer às urnas nestes quatro estados nos quais as zonas eleitorais abriram às 7h locais (23h30 de Brasília da terça-feira) e fecharão às 17h (9h30 de Brasília), informaram fontes da comissão eleitoral à imprensa local.
As primeiras horas de votação contaram com uma alta participação e não ocorreram incidentes, apesar da presença de mais de 30 grupos insurgentes que reivindicam a independência ou mais autonomia em Manipur.
As autoridades mobilizaram um forte aparato de segurança já que houve casos de violência em votações anteriores.
Nas eleições gerais de 2009, o Partido do Congresso, que governa o país, obteve quatro das seis cadeiras possíveis na região onde conta, historicamente, com grande apoio, enquanto os outros dois deputados eram de formações locais.
As eleições no estado de Mizoram, também no nordeste, foram adiadas de hoje para sexta-feira devido a uma greve, que finalmente foi encerrada.
O nacionalista hindu Narendra Modi, candidato do Partido Bharatiya Janata (BJP), parte como favorito nas eleições gerais, marcadas pela desaceleração econômica e pelos altos preços dos alimentos.
Após três mandatos à frente do estado de Gujarat, um dos mais prósperos da Índia, Modi conquistou uma reputação de bom administrador, eficaz e honesto.
No entanto, Modi desperta temor entre as minorias religiosas por seu suposto envolvimento no massacre de quase mil muçulmanos em 2002 em Gujarat, mesmo depois de ser absolvido em diversas investigações judiciais.
Após uma década no poder, o Partido do Congresso, da dinastia Nehru-Gandhi, chega às eleições muito desgastado e assolado por casos de corrupção e pela desaceleração do crescimento econômico.
Rahul Gandhi, chefe de campanha do partido que governou a Índia por 54 dos 67 anos de sua independência, não convence - segundo as pesquisas - um eleitorado jovem que tem mais expectativas após uma década de elevado crescimento econômico.
No processo eleitoral na Índia serão abertas 930 mil zonas eleitorais, um número 12% maior do que há cinco anos, com 1,4 milhões de urnas eletrônicas.
As máquinas de votação são transportadas para os locais mais remotos por ar, estrada, mar e inclusive com mulas e elefantes.
Cerca de 11 milhões de pessoas trabalharão no processo eleitoral.