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Índia derruba prédios ilegais de 100 metros de altura em Nova Délhi

A Suprema Corte decidiu no ano passado que os imóveis foram construídos de forma ilegal por imobiliárias em conluio com autoridades locais

Duas torres construídas ilegalmente foram destruídas na região de Nova Délhi (AFP/AFP)

Duas torres construídas ilegalmente foram destruídas na região de Nova Délhi (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 28 de agosto de 2022 às 11h08.

Dois prédios residenciais ilegais de 100 metros de altura foram demolidos neste domingo no subúrbio de Nova Délhi, um evento exibido ao vivo por canais de televisão indianos. A demolição das "torres gêmeas" é um exemplo incomum de rigor das autoridades contra imobiliárias e funcionários públicos envolvidos com corrupção.

A Suprema Corte decidiu no ano passado que os imóveis foram construídos de forma ilegal por imobiliárias em conluio com autoridades locais.

Os 32 andares do "Apex" e os 29 do "Ceyane", que tinham quase mil apartamentos nunca habitados após nove anos de batalha jurídica, desabaram em poucos segundos.

A implosão controlada, com 3.700 kg de explosivos, aconteceu em Noida, sudeste de Nova Dpelhi. Foi a maior demolição da história da Índia, segundo a imprensa local.

Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar a área como forma de precaução antes da explosão.

A Índia, terceira maior economia da Ásia, com 1,4 bilhão de habitantes, registra o crescimento mais rápido do mundo e um "boom" do setor de construção nos últimos anos.

Imobiliárias sem escrúpulos, em busca de grandes lucros, reduzem os custos de construção impunemente, beneficiadas por regras insuficientes.

As empresas às vezes constroem andares ou torres adicionais, usando material de qualidade inferior, enquanto os funcionários públicos são subornados para ignorar os problemas.

No pior cenário para as empresas, as imobiliárias pagam multas ou apenas abandonam as obras não concluídas.

Nos subúrbios de Délhi, em Noida e Greater Noida, mais de 100 arranha-céus foram abandonados, o que desfigura a paisagem da região.

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