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Índia dá prioridade a bancos de sementes

Uma das iniciativas é da Rede Navdanya, que reúne guardiões de sementes e produtores de orgânicos, e auxiliou na criação de 65 bancos comunitários de sementes


	Banco de sementes: o trabalho é realizado principalmente por mulheres e tem, como princípios, o respeito à biodiversidade e a preocupação com a segurança alimentar
 (Fábio Castelo / Saúde)

Banco de sementes: o trabalho é realizado principalmente por mulheres e tem, como princípios, o respeito à biodiversidade e a preocupação com a segurança alimentar (Fábio Castelo / Saúde)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 17h18.

Hyderabad - Nestes últimos dias da 11ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP11), em Hyderabad, na Índia, uma das características que se destacam do país anfitrião – que ratificou recentemente o Protocolo de Nagoya, aprovado na COP10, em 2010, no Japão – é o trabalho desenvolvido para a conservação de sementes nativas, consideradas o dom da vida na cultura milenar do país.

Uma dessas iniciativas é da Rede Navdanya (nove sementes ou novo presente) , que reúne guardiões de sementes e produtores de orgânicos, em 16 estados indianos, e auxiliou na criação de 65 bancos comunitários de sementes.

O trabalho é realizado principalmente por mulheres e tem, como princípios, o respeito à biodiversidade e a preocupação com a segurança alimentar. Nas últimas décadas, de acordo com informação da rede, foram treinados milhares de pequenos agricultores no país, ao mesmo tempo que uma rede de comércio justo orgânico foi impulsionada.

Para consolidar seu perfil educativo, a Navdanya criou a Escola da Semente na localidade de Doon Valley, em Uttarakhand, no norte do país. A filosofia adotada lá foca no compartilhamento e respeito ao conhecimento tradicional e indígena, no enfrentamento das mudanças climáticas e no combate à biopirataria. A agricultura ecológica, segundo a organização, é a única solução duradoura para a fome e a pobreza.

O primeiro ministro indiano, Manmohan Singh, disse ontem, durante a abertura da etapa de Alto Nível da COP11 (que reúne ministros ), que existe uma legislação nacional na proteção dos direitos de cultivo.”É oferecida a propriedade intelectual para os agricultores por meio do registro de variedades de sementes. Em nossa Lei de Patentes adotamos requisitos de divulgação sobre a origem de invenções baseadas na biodiversidade. Mas eu acredito que muito mais precisa ser feito… como laboratórios de germoplasma, em nossos campos”.

Uma das principais incentivadoras das sementes nativas é a economista Vandana Shiva, que esteve à frente da mobilização da Aliança Global pela Liberdade das Sementes, realizada de 02/10 (data em que se comemora o aniversário de Gandhi) até ontem (16), Dia Mundial da Alimentação, e conhece o Brasil já que esteve por aqui para dar palestras sobre esse tema.

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