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Índia apresenta lei para prisão em caso de "divórcio instantâneo"

Em agosto, a Suprema Corte considerou inconstitucional a lei que permite que homens muçulmanos se divorciem apenas repetindo a palavra "talaq" 3 vezes

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Noivas muçulmanas na Índia: a lei tornará a prática uma infração inafiançável, com pena possível de três anos de prisão (Amit Dave/Reuters)

Noivas muçulmanas na Índia: a lei tornará a prática uma infração inafiançável, com pena possível de três anos de prisão (Amit Dave/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às, 10h57.

Nova Déli - O governo da Índia apresentou nesta quinta-feira ao Parlamento um projeto de lei que visa processar homens muçulmanos que se separam de suas mulheres através do chamado divórcio instantâneo, que mulheres alegam violar o direito de igualdade.

Em agosto, a Suprema Corte indiana considerou inconstitucional a lei que permite que homens muçulmanos se divorciem de suas mulheres simplesmente repetindo a palavra "talaq" três vezes, e o tema agora chegou ao Congresso.

Mulheres muçulmanas haviam entrado com um requerimento na corte, argumentando que a prática de homens se divorciarem usando o "talaq triplo", inclusive através de plataformas como o Skype e o WhatsApp, não apenas violava seus direitos, como deixava muitas mulheres abandonadas.

"Apenas uma lei pode banir explicitamente o talaq triplo, temos que impor procedimentos legais para estabelecer pensões e proteger a guarda de crianças", disse o ministro da Justiça indiano, Ravi Shankar Prasad.

A lei, se aprovada, tornará a prática uma infração inafiançável, com pena possível de três anos de prisão.

Os muçulmanos são a principal minoria religiosa na Índia, país de maioria hindu, e as relações entre as comunidades têm estado ocasionalmente tensas desde que o primeiro-ministro Narendra Modi e seu partido hindu-nacionalista, o Bharatiya Janata, ganharam as eleições de 2014.

A Índia é um dos poucos países onde a prática do divórcio instantâneo sobreviveu e alguns grupos muçulmanos dizem que embora seja errada, a lei deveria ser revisada pela própria comunidade.

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