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Incidentes antissemitas aumentam na França

Com a maior população judaica da Europa, a França tem visto um aumento significativo no antissemitismo, na avaliação de Bernard Cazeneuve, ministro do Interior

França: ameaças e incidentes antissemitas mais que dobraram até agora em 2014, segundo ministro do Interior do país (Streeter Lecka/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 13h23.

Paris - Ameaças e incidentes antissemitas mais que dobraram até agora este ano na França , disse o ministro do Interior em um comício no domingo para protestar contra um violento ataque a um jovem casal judeu.

Três homens foram detidos pela polícia e compareceram perante um juiz na quarta-feira em relação à invasão de uma casa durante o dia, no subúrbio parisiense de Créteil, em que uma mulher de 19 anos de idade foi estuprada.

Seu namorado de 21 anos, que foi amarrado durante o ataque, disse que os homens tinham como alvo o apartamento porque eles sabiam que os moradores eram judeus e acreditavam que haveria dinheiro e objetos de valor na casa.

Falando a uma multidão de várias centenas de manifestantes, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que o governo iria defender a comunidade judaica com "toda a sua força".

"Temos de fazer da luta contra o racismo e antissemitismo uma causa nacional", disse ele.

A França tem a maior população judaica na Europa, tendo crescido em quase 50 por cento desde a Segunda Guerra Mundial para cerca de 550.000 judeus, de acordo com o grupo CRIF.

Mas incidentes violentos como os assassinatos de três crianças judias e um rabino pelo atirador militante islâmico Mohamed Merah, em 2012, e confrontos em comícios pró-palestinos em Paris em julho têm perturbado alguns membros da comunidade judaica.

Nos primeiros três meses de 2014 mais judeus deixaram a França para Israel do que em qualquer outro momento desde que o Estado judeu foi criado em 1948, citando dificuldades econômicas na estagnada França, mas também o crescente antissemitismo.

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Seu namorado de 21 anos, que foi amarrado durante o ataque, disse que os homens tinham como alvo o apartamento porque eles sabiam que os moradores eram judeus e acreditavam que haveria dinheiro e objetos de valor na casa.

Falando a uma multidão de várias centenas de manifestantes, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que o governo iria defender a comunidade judaica com "toda a sua força".

"Temos de fazer da luta contra o racismo e antissemitismo uma causa nacional", disse ele.

A França tem a maior população judaica na Europa, tendo crescido em quase 50 por cento desde a Segunda Guerra Mundial para cerca de 550.000 judeus, de acordo com o grupo CRIF.

Mas incidentes violentos como os assassinatos de três crianças judias e um rabino pelo atirador militante islâmico Mohamed Merah, em 2012, e confrontos em comícios pró-palestinos em Paris em julho têm perturbado alguns membros da comunidade judaica.

Nos primeiros três meses de 2014 mais judeus deixaram a França para Israel do que em qualquer outro momento desde que o Estado judeu foi criado em 1948, citando dificuldades econômicas na estagnada França, mas também o crescente antissemitismo.

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