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Impeachment de Trump empaca no Senado

O republicano Mitch McConnell, líder do Senado americano, rejeitou nesta sexta os pedidos da oposição para dar andamento ao processo contra o presidente

Donald Trump: processo de impeachment contra o presidente precisa ser aprovado pelo Senado para o magnata deixar o cargo (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: processo de impeachment contra o presidente precisa ser aprovado pelo Senado para o magnata deixar o cargo (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 20h06.

O republicano Mitch McConnell, líder do Senado americano, rejeitou nesta sexta-feira os pedidos da oposição para dar andamento ao processo de impeachment do presidente Donald Trump.

Se o julgamento não começar logo, o Senado continuará com suas "atividades ordinárias", disse McConnell em discurso que marcou o início do novo período parlamentar.

O processo avançou com rapidez na Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, mas sua presidente, Nancy Pelosi, se nega a enviar o expediente ao Senado enquanto não houver uma base "justa" para o impeachment.

No Senado, dominado pelos republicanos, é grande a possibilidade de Trump escapar da destituição.

Trump é acusado de abusar de seus poderes por pedir à Ucrânia que investigasse seu possível adversário eleitoral em 2020, o ex-vice-presidente Joe Biden, e por bloquear os esforços dos legisladores em investigar suas ações.

Apesar das divergências entre Pelosi e McConnell sobre como deve se desenrolar o processo, ele deve começar em janeiro no Senado, antes de Washington mergulhar na campanha para as eleições presidenciais deste ano.

"A parte deles (democratas) já acabou e provocaram suficiente dano. Agora é a hora do Senado de apresentar um processo sério", disse McConnell, ligado a Trump.

Os democratas estão indignados porque McConnell declarou estar atuando "em total coordenação" com a Casa Branca para decidir sobre a forma do processo.

A oposição também exige que se divulgue a lista das testemunhas e como correrá o processo antes do início das audiências no Senado.

McConnell argumenta que em 1999, durante o processo contra o presidente democrata Bill Clinton, a lista de testemunhas só foi estabelecida mais tarde.

"Por que motivo estão tratando de ocultar as coisas? O que estão escondendo?" - questionou nesta sexta-feira o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.

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