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Imigrantes retidos na Grécia fazem protesto por condições de vida

Cerca de 1.600 pessoas, a maioria afegãs, estão acampadas no antigo terminal do aeroporto de Atenas

Refugiados na Grécia: cerca de 60 mil imigrantes e refugiados estão retidos na Grécia devido ao fechamento de fronteiras nos Bálcãs (Alkis Konstantinidis/Reuters)

Refugiados na Grécia: cerca de 60 mil imigrantes e refugiados estão retidos na Grécia devido ao fechamento de fronteiras nos Bálcãs (Alkis Konstantinidis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 11h47.

Atenas - Um grupo de imigrantes e refugiados impediu nesta segunda-feira um ministro da Grécia de entrar no antigo terminal do aeroporto de Atenas, onde estão retidos há meses, para protestar contra suas condições de vida.

Dezenas de manifestantes, entre eles muitas crianças, se reuniram do lado de fora de um portão gritando "Vá embora, vá embora!" e "Mentiroso!" para o ministro da Migração grego, Yannis Mouzalas. Um imigrante lhe entregou uma criança em prantos quando ele chegou ao portão lacrado.

O governo quer esvaziar todo o complexo, que consiste de instalações usadas na Olimpíada de 2004 e do antigo aeroporto de Atenas, já que o país concordou em alugá-lo a investidores particulares, em conformidade com o programa de resgate financeiro que negociou.

Cerca de 1.600 pessoas, a maioria afegãs, estão acampadas no local. Aproximadamente 600 vivem no antigo terminal de chegadas, onde aconteceu a manifestação desta segunda-feira.

O protesto, um dia depois de a mídia local noticiar que um grupo de imigrantes estava iniciando uma greve de fome, foi breve.

Mouzalas disse que alguns imigrantes tentaram impedir a distribuição de comida no campo no domingo, mas as reportagens segundo as quais estavam entrando em greve de fome eram infundadas.

"Eu entendo completamente a dor e sofrimento deles. Estamos tentando amenizá-los tanto quanto podemos", afirmou Mouzalas aos repórteres.

Cerca de 60 mil imigrantes e refugiados estão retidos na Grécia devido ao fechamento de fronteiras nos Bálcãs, o que impediu a jornada que muitos planejavam fazer para o centro e o oeste da Europa.

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