Ideli Salvatti tem fama de 'aguerrida' defensora do governo Lula
Nova responsável pela articulação política do governo ficou conhecida por travar embates com a oposição durante a crise do mensalão
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2011 às 17h35.
Brasília - A paulistana Ideli Salvatti, 59 anos, casada e com dois filhos, é física formada pela Universidade Federal do Paraná, mas fez carreira política em Santa Catarina, onde ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) no estado. Pela agremiação, se elegeu deputada estadual para duas legislaturas, e senadora em 2002. Ano passado, disputou o governo catarinense, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Ficou em terceiro lugar na eleição vencida pelo candidato do DEM, Raimundo Colombo.
No Congresso Nacional, construiu a imagem de “parlamentar aguerrida”, que sempre defendeu os interesses do governo Lula, mesmo quando isso lhe causou problemas diante do eleitorado, como recorda um dos principais adversários políticos dela, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).
Um exemplo foi o fato de Ideli ter assumido a Liderança do PT no Senado, em 2006, no auge da maior crise política do governo Lula, a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que investigou a compra de votos de parlamentares da base aliada para garantir a aprovação de projetos de interesses do Executivo.
Na CPI, a então senadora e atual ministra da Aquicultura e Pesca protagonizou embates duros com a oposição. O líder do PSDB destacou que, apesar de conhecer “muito" a lealdade de Ideli ao governo, desconhece a aptidão dela como articuladora política, papel que cabe ao ocupante da Secretaria de Assuntos Institucionais.
Em 2009, Ideli Salvatti mostrou mais uma vez sua fidelidade ao presidente Lula. Ela votou, no Conselho de Ética, pelo arquivamento das ações contra o senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de primeira hora do ex-presidente nas duas campanhas presidenciais vencidas por Lula.
Na atividade legislativa, Ideli apresentou, entre 2001 e 2008, 21 projetos de lei e três propostas de emendas à Constituição. Em 2005, conseguiu aprovar o projeto de lei que garante às gestantes o direito de escolher um acompanhante para a hora do parto.
Em 2009, acumulou a Liderança do Governo no Congresso com a presidência da Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Como líder do governo, foi responsável pela coordenação política nas votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Projeto de Lei de Orçamento da União para 2010. Neste sentido, ela articulou com a base governista para preservar os recursos destinados aos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A vice-líder do PP, senadora Ana Amélia Lemos (RS), ressaltou que a escolha de Ideli para o cargo de ministra é uma demonstração de que a presidenta “está impondo a sua marca”, a partir da crise política que culminou com o pedido de demissão de Antonio Palocci. Ana Amélia destacou, ainda, que Ideli Salvatti conhece bem o Congresso e que saberá “ver que a situação na base aliada mudou [com relação a forma como atuou no governo Lula] e que a oposição, apesar de pequena em número, está bem articulada”.
Brasília - A paulistana Ideli Salvatti, 59 anos, casada e com dois filhos, é física formada pela Universidade Federal do Paraná, mas fez carreira política em Santa Catarina, onde ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) no estado. Pela agremiação, se elegeu deputada estadual para duas legislaturas, e senadora em 2002. Ano passado, disputou o governo catarinense, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Ficou em terceiro lugar na eleição vencida pelo candidato do DEM, Raimundo Colombo.
No Congresso Nacional, construiu a imagem de “parlamentar aguerrida”, que sempre defendeu os interesses do governo Lula, mesmo quando isso lhe causou problemas diante do eleitorado, como recorda um dos principais adversários políticos dela, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).
Um exemplo foi o fato de Ideli ter assumido a Liderança do PT no Senado, em 2006, no auge da maior crise política do governo Lula, a partir da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que investigou a compra de votos de parlamentares da base aliada para garantir a aprovação de projetos de interesses do Executivo.
Na CPI, a então senadora e atual ministra da Aquicultura e Pesca protagonizou embates duros com a oposição. O líder do PSDB destacou que, apesar de conhecer “muito" a lealdade de Ideli ao governo, desconhece a aptidão dela como articuladora política, papel que cabe ao ocupante da Secretaria de Assuntos Institucionais.
Em 2009, Ideli Salvatti mostrou mais uma vez sua fidelidade ao presidente Lula. Ela votou, no Conselho de Ética, pelo arquivamento das ações contra o senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de primeira hora do ex-presidente nas duas campanhas presidenciais vencidas por Lula.
Na atividade legislativa, Ideli apresentou, entre 2001 e 2008, 21 projetos de lei e três propostas de emendas à Constituição. Em 2005, conseguiu aprovar o projeto de lei que garante às gestantes o direito de escolher um acompanhante para a hora do parto.
Em 2009, acumulou a Liderança do Governo no Congresso com a presidência da Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Como líder do governo, foi responsável pela coordenação política nas votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Projeto de Lei de Orçamento da União para 2010. Neste sentido, ela articulou com a base governista para preservar os recursos destinados aos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A vice-líder do PP, senadora Ana Amélia Lemos (RS), ressaltou que a escolha de Ideli para o cargo de ministra é uma demonstração de que a presidenta “está impondo a sua marca”, a partir da crise política que culminou com o pedido de demissão de Antonio Palocci. Ana Amélia destacou, ainda, que Ideli Salvatti conhece bem o Congresso e que saberá “ver que a situação na base aliada mudou [com relação a forma como atuou no governo Lula] e que a oposição, apesar de pequena em número, está bem articulada”.