IATA: "A IATA reconhece que os Estados têm o direito e o dever de proteger seus cidadãos por meio do controle de suas fronteiras" (Kate Munsch/Reuters)
AFP
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 17h57.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) exigiu nesta segunda-feira que a administração americana esclareça rapidamente as suas medidas anti-imigração para acabar com a "confusão" causada às companhias aéreas e viajantes.
"A IATA reconhece que os Estados têm o direito e o dever de proteger seus cidadãos por meio do controle de suas fronteiras", escreve em um comunicado a associação que reúne a maioria das companhias aéreas do mundo.
Mas, "o decreto foi assinado sem aviso prévio ou coordenação anterior, o que tem causado confusão tanto entre as companhias aéreas como entre os viajantes", lamenta a IATA.
"Esse decreto também aumentou o fardo imposto às companhias aéreas pelas exigências de conformidade confusas, os custos de implementação e a possibilidade de (sofrer) sanções em caso de descumprimento", ressalta.
As companhias aéreas devem verificar os passaportes e vistos dos passageiros antes da partida, sob pena de serem multadas ou terem de custear o retorno de passageiros indesejáveis.
A principal dificuldade surge com aqueles que têm mais de uma nacionalidade.
"Exigimos que o governo dos Estados Unidos forneça rapidamente informações sobre a situação atual", conclui o comunicado.
Apesar das críticas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuou nesta segunda-feira a defender sua decisão de fechar as fronteiras de seu país por três meses para os cidadãos de sete países com população predominantemente muçulmana.
"Tudo está indo bem, com muito poucos problemas", disse ele, contra todas as evidências.