Mundo

Hungria: partido de Orbán mantém maioria na UE, mas vê ascenção de grupo rival

Onze dos 21 delegados do país à legislatura da UE virão do Fidesz

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria (Miguel Medina/Getty Images)

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria (Miguel Medina/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 10 de junho de 2024 às 17h02.

No dia seguinte à votação húngara nas eleições para o Parlamento Europeu, o governo do primeiro-ministro Viktor Orbán considerou o resultado vitorioso, mas na realidade este foi o pior desempenho do seu partido em uma eleição na União Europeia desde que a Hungria aderiu ao bloco, há 20 anos.

O resultado aquém pode ser atribuído em grande parte ao surgimento de uma nova força política na Hungria - Péter Magyar, um antigo membro da coligação Fidesz-KDNP, de Orbán, que rompeu com o partido e declarou a intenção de construir um movimento popular para derrotar o governo atual.

Onze dos 21 delegados da Hungria à legislatura da UE virão do Fidesz - mais do que qualquer um dos seus concorrentes nacionais. Depois de contabilizar 44% dos votos de domingo, 9, o governo disse que o resultado sinaliza claramente um apoio esmagador ao nacionalismo de extrema-direita de Orbán.

No entanto, o Fidesz nunca teve um desempenho tão fraco nas eleições da União Europeia desde que aderiu em 2004. Os votos para o partido caíram drasticamente em relação ao seu apoio de 52% nas eleições de 2019, e perdeu dois dos seus assentos no Parlamento Europeu.

András Bíró-Nagy, analista e diretor do think tank Policy Solutions, com sede em Budapeste, disse que o poder de Orbán - que regressou ao cargo em 2010 - nunca esteve tão ameaçado.

"Estamos em um território desconhecido porque anteriormente não era imaginável que um único partido político pudesse desafiar seriamente Viktor Orbán", disse Bíró-Nagy.

O novo partido de Magyar, Respeito e Liberdade (TISZA), obteve quase 30% dos votos no domingo, conquistando sete delegados na legislatura da UE. Ele disse que a eleição impulsionaria o seu movimento para uma posição mais forte para desafiar e derrotar Orbán na próxima votação nacional, marcada para 2026.

Acompanhe tudo sobre:HungriaUnião Europeia

Mais de Mundo

Papa Francisco: novo boletim médico do indica 'leve melhora' em quadro inflamatório

Sobrevoos de drones dos EUA no México são 'colaboração' antiga, diz presidente

Egito diz que Faixa de Gaza pode ser reconstruída em 3 anos

Conversas sobre a segunda fase do cessar-fogo em Gaza começarão na próxima semana