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HRW denuncia práticas de tortura na cidade síria de Raqa

Uma investigação encontrou documentos e ferramentas de torturas em instalações dos serviços de segurança na região


	Rebeldes sírios atacam as tropas do regime na cidade de Alepo: a cidade de Raqa, norte da Síria, foi tomada em março pelos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar al-Assad (AFP)

Rebeldes sírios atacam as tropas do regime na cidade de Alepo: a cidade de Raqa, norte da Síria, foi tomada em março pelos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar al-Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 09h33.

Beirute - Uma investigação encontrou documentos e ferramentas de torturas em instalações dos serviços de segurança na cidade síria de Raqa, uma prova de que os detentos do local eram submetidos a agressões físicas, anunciou a organização humanitária Human Rights Watch (HRW).

"Os documentos, celas de isolamento, salas de interrogatório e ferramentas de torturas que encontramos nos locais os serviços de segurança do governo correspondem às torturas denunciadas por ex-detentos desde o início da revolta na Síria", disse Nadim Houry, funcionário da HRW.

A cidade de Raqa, norte da Síria, foi tomada em março pelos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar al-Assad.

"No entanto, a destruição ou manipulação equivocada dos documentos diminuem a possibilidade de que os responsáveis pelos crimes graves sejam um dia levados à justiça", destacou a HRW.

A organização, que denuncia as violações aos direitos humanos cometidas pelo governo e pelos rebeldes, pediu aos grupos de oposição que agora controlam a cidade de Raqa que protejam as provas de torturas e detenções arbitrárias.

Entre as ferramentas de tortura encontradas estava o "bsat al reeh", uma peça em formato de crucifixo, "utilizada segundo os ex-detentos para imobilizar e depois estirar ou torcer os membros" dos prisioneiros.

De acordo com Lama Fakih, uma investigadora do HRW que entrevistou muitos ex-detentos desde o início do conflito, "encontrar-se nos locais (de tortura) tornou as denúncias mais reais".

"Sabemos que há pessoas que continuam sofrendo com estas práticas", disse, antes de destacar que vários detentos que deram depoimento a HRW eram "militantes pacíficos que foram realmente maltratados".

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