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HRW acusa milícias iemenitas de cometer crimes de guerra

ONG denunciou que 10 trabalhadores humanitários iemenitas foram sequestrados entre os dias 6 e 14 do mês passado


	ONG denunciou que 10 trabalhadores humanitários iemenitas foram sequestrados entre os dias 6 e 14 do mês passado
 (Saleh al Obeidi/AFP)

ONG denunciou que 10 trabalhadores humanitários iemenitas foram sequestrados entre os dias 6 e 14 do mês passado (Saleh al Obeidi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 12h11.

Cairo - A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta quinta-feira as milícias rebeldes aliadas do grupo xiita iemenita dos houthis de cometer crimes de guerra pela morte de duas mulheres civis e o sequestro de vários trabalhadores humanitários em abril.

Segundo um comunicado da HRW, as duas civis morreram em dois incidentes registrados nos dias 17 e 18 de abril na cidade meridional de Áden, onde ocorrem os enfrentamentos mais violentos entre rebeldes e forças leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi.

Além disso, a organização denunciou que 10 trabalhadores humanitários iemenitas foram sequestrados entre os dias 6 e 14 do mês passado. Dois deles foram postos em liberdade após o pagamento de um resgate.

"Os ataques deliberados contra civis e a tomada de reféns são crimes de guerra", lembra a nota.

HRW pede também aos houthis que investiguem e "castiguem de maneira apropriada" os integrantes de suas forças que estejam envolvidos neste tipo de abusos.

"Os habitantes de Áden já se encontram em uma situação desesperada, além dos ataques, detenções e sequestros que possam sofrer", expressa o vice-diretor da HRW para o Oriente Médio e Norte da África, Joe Stork, citado na nota.

A ONG lembra que a população desta cidade, a principal do sul do país, sofre com a escassez de mantimentos e combustível, assim como cortes de água como consequência dos combates e o bloqueio aéreo e marítimo imposto pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.

Esta aliança declarou guerra aos rebeldes houthis em 26 de março para tentar evitar que eles tomassem o controle de todo o país, em detrimento do presidente Mansur Hadi, que buscou refúgio em Riad.

Segundo as Nações Unidas, 646 civis perderam a vida no conflito iemenita desde março.

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