Honduras extradita para os EUA ex-funcionário acusado de lavagem de dinheiro
Ex-diretor da Tasa é acusado de lavagem de dinheiro e transações derivadas de atos criminosos
Agência de notícias
Publicado em 4 de abril de 2024 às 16h12.
Última atualização em 4 de abril de 2024 às 16h27.
Honduras extraditou nesta quinta-feira, 4, para os Estados Unidos, um ex-funcionário de confiança do ex-presidente condenado Juan Orlando Hernández, Francisco Cosenza, acusado de lavagem de dinheiro com subornos e fundos públicos para operações de segurança, informou um chefe de polícia.
Ex-diretor do Comitê de Administração do Fundo de Proteção e Segurança Popular (Tasa), Cosenza é acusado nos Estados Unidos de "conspiração para cometer lavagem de dinheiro e transações derivadas de atos criminosos.
O ex-funcionário, de 65 anos, foi transferido sob forte vigilância da sede das Forças Especiais em Tegucigalpa, onde estava detido desde 8 de janeiro, para o aeroporto de Palmerola, cerca de 50 quilômetros ao norte da capital, para ser embarcado em um avião para a Flórida, sudeste dos EUA.
Em Palmerola, Cosenza foi recebido "por autoridades dos Estados Unidos" que o levarão sob custódia para esse país a fim de ser colocado à disposição do Tribunal do Distrito Sul da Flórida, indicou a polícia.
Segundo a acusação, entre 2015 e 2019, o então diretor do Tasa recebeu subornos milionários para atribuir contratos de compras de uniformes e outros bens para a Polícia Nacional, gerenciados em contas bancárias nos Estados Unidos. Jornais hondurenhos afirmam que ele recebeu cerca de US$ 10 milhões.
A taxa de segurança foi um imposto criado durante o governo de Hernández (2014-2022), destinado a obter recursos para combater a criminalidade. Esses fundos foram gastos em completo sigilo.
Cosenza se junta à lista de 41 hondurenhos extraditados para os Estados Unidos desde 2014, mas é o primeiro por lavagem de dinheiro; os demais enfrentavam acusações relacionadas ao narcotráfico, incluindo o ex-presidente Hernández.