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Homem que hackeou Angela Merkel é preso

De acordo com o site da revista Der Spiegel, o detido é um estudante do ensino médio que agiu sozinho e reconheceu os fatos

Angela Merkel: chanceler da Alemanha sofre ataque digital com divulgação de dados (Hannibal Hanschke/Reuters)

Angela Merkel: chanceler da Alemanha sofre ataque digital com divulgação de dados (Hannibal Hanschke/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 09h00.

Berlim, Alemanha - A polícia alemã anunciou nesta terça-feira, 8,  a prisão de um suspeito de 20 anos depois do ataque cibernético que atingiu  centenas de líderes políticos e personalidades no país, incluindo a chanceler Angela Merkel.

A detenção do jovem, em sua residência na região de Frankfurt, ocorreu no domingo, declarou a polícia em comunicado. Uma coletiva de imprensa será dada para proporcionar maiores detalhes.

De acordo com o site da revista Der Spiegel, o detido é um estudante do ensino médio que agiu sozinho e reconheceu os fatos.  Ele mora com os pais e não teria conhecimento das "conseqüências de seu ato".

O mundo político alemão se viu abalado pela divulgação na internet dos dados pessoais de centenas de políticos.
Nenhum dado sensível da chancelaria foi publicado, mas o governo encarou o caso como sendo "muito a sério".

"Ao menos mil pessoas foram afetadas", declarou o responsável do organismo alemão encarregado da segurança informática, Arn Schönbohm.

O vazamento de dados foi orquestrado de uma conta do Twitter numa data próxima ao Natal, mas o governo não o anunciou até esta sexta-feira. O Twitter bloqueou a conta.

Em um dos documentos publicados na internet, aparecem dois e-mails da chanceler, assim como um número de fax e o título de algumas cartas endereçadas a ela.

Mas as autoridades alemãs indicaram que "dados falsos" também poderiam ter sido publicados. A rede central informática do governo não foi atacada.

A polícia criminal (BKA) e os serviços de inteligência foram encarregados da investigação. Inicialmente, alguns especialistas suspeitaram de setores da extrema direita, argumentando que o partido Alternative for Germany (AfD) era o único dos partidos importantes na Alemanha cujos membros não tiveram dados publicados.

 

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