Homem entrega 10 mil latinhas para reciclagem e vai preso
Em caso digno da série Seinfeld, o rapaz pode ser condenado a 5 anos de prisão e deve pagar multa de US$ 5 mil
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 18h23.
Reciclar pode dar dinheiro, ao menos se você for residente do estado de Michigan, nos Estados Unidos . Lá, cada lata de alumínio ou garrafa de plástico ou de vidro que é entregue para reciclagem vale 10 centavos de dólar.
Michigan não é o único estado com essa prática, mas é o que paga melhor. E, com isso, a lei que tenta estimular práticas eco-friendly se torna alvo das maiores picaretagens.
Tentando se aproveitar da recompensa, Brian Everidge, de 44 anos, bolou um plano quase perfeito. Foi até Kentucky, o estado vizinho, que não paga nada pelo retorno de embalagens recicláveis, carregou um caminhão com 10 mil latas de alumínio e voltou a Michigan, pronto para receber US$ 1.000 com a sua "encomenda".
A prática é ilegal: o retorno de 10 centavos por embalagem só vale para bebidas compradas dentro do estado, e tentar trazer lixo reciclável de propósito para tentar lucrar dá cadeia.
A gravidade da punição depende da quantidade de embalagens trazidas. Até 25 unidades, não é crime. Entre 25 e 100, a multa é de US$ 100. Entre 100 e 10 mil, a pena máxima é de 93 dias na prisão e/ou uma multa de US$ 1 mil.
Já Everidge está sendo processado na classificação máxima do "esquema da reciclagem": ele arrisca ser preso por até 5 anos ou receber uma multa de U$ 5 mil, cinco vezes o que ganharia com o golpe.
Na maioria das vezes, os estabelecimentos que recebem as embalagens não perguntam de onde elas vêm. O problema com o plano de Everidge foi outro: um pé muito pesado no acelerador.
Com um caminhão tão pesado, ele só poderia chegar a 96 km/h na estrada, mas foi parado pela polícia rodoviária correndo a 115 km/h.
A surpresa do guarda, que testemunhou na audiência do pilantra, foi abrir o caminhão e encontrar sacos gigantescos lotados com latas de alumínio.
Segundo seu depoimento, o motorista lotou o caminhão o máximo que pode - não tinha espaço nem para mais 5 latinhas, segundo avaliou o policial.
A ideia de lucrar em cima dos retornos ecológicos de Michigan não é nem um pouco original - pelo contrário, a série de comédia Seinfeld tem um episódio chamado "O Depósito das Garrafas", em que os personagens traçam exatamente o mesmo plano.
Nem na ficção o esquema foi para frente - os personagens desistem quando percebem que o preço da gasolina para chegar até Michigan vai ser mais alto do que iriam faturar com os recicláveis. A trama foi ao ar 20 anos atrás - não dá para dizer que Everidge estava desavisado.
http://www.criticalcommons.org/Members/Ghent/clips/the%20bottle_deposit.mp4/embed_view
Reciclar pode dar dinheiro, ao menos se você for residente do estado de Michigan, nos Estados Unidos . Lá, cada lata de alumínio ou garrafa de plástico ou de vidro que é entregue para reciclagem vale 10 centavos de dólar.
Michigan não é o único estado com essa prática, mas é o que paga melhor. E, com isso, a lei que tenta estimular práticas eco-friendly se torna alvo das maiores picaretagens.
Tentando se aproveitar da recompensa, Brian Everidge, de 44 anos, bolou um plano quase perfeito. Foi até Kentucky, o estado vizinho, que não paga nada pelo retorno de embalagens recicláveis, carregou um caminhão com 10 mil latas de alumínio e voltou a Michigan, pronto para receber US$ 1.000 com a sua "encomenda".
A prática é ilegal: o retorno de 10 centavos por embalagem só vale para bebidas compradas dentro do estado, e tentar trazer lixo reciclável de propósito para tentar lucrar dá cadeia.
A gravidade da punição depende da quantidade de embalagens trazidas. Até 25 unidades, não é crime. Entre 25 e 100, a multa é de US$ 100. Entre 100 e 10 mil, a pena máxima é de 93 dias na prisão e/ou uma multa de US$ 1 mil.
Já Everidge está sendo processado na classificação máxima do "esquema da reciclagem": ele arrisca ser preso por até 5 anos ou receber uma multa de U$ 5 mil, cinco vezes o que ganharia com o golpe.
Na maioria das vezes, os estabelecimentos que recebem as embalagens não perguntam de onde elas vêm. O problema com o plano de Everidge foi outro: um pé muito pesado no acelerador.
Com um caminhão tão pesado, ele só poderia chegar a 96 km/h na estrada, mas foi parado pela polícia rodoviária correndo a 115 km/h.
A surpresa do guarda, que testemunhou na audiência do pilantra, foi abrir o caminhão e encontrar sacos gigantescos lotados com latas de alumínio.
Segundo seu depoimento, o motorista lotou o caminhão o máximo que pode - não tinha espaço nem para mais 5 latinhas, segundo avaliou o policial.
A ideia de lucrar em cima dos retornos ecológicos de Michigan não é nem um pouco original - pelo contrário, a série de comédia Seinfeld tem um episódio chamado "O Depósito das Garrafas", em que os personagens traçam exatamente o mesmo plano.
Nem na ficção o esquema foi para frente - os personagens desistem quando percebem que o preço da gasolina para chegar até Michigan vai ser mais alto do que iriam faturar com os recicláveis. A trama foi ao ar 20 anos atrás - não dá para dizer que Everidge estava desavisado.
http://www.criticalcommons.org/Members/Ghent/clips/the%20bottle_deposit.mp4/embed_view