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Hollande vai a Roma conversar sobre crise com Monti

Conversas devem se concentrar no crescimento e na gestão da dívida e irão preparar o terreno para uma cúpula em Roma, envolvendo Itália, França, Alemanha e Espanha

A visita de Hollande a Roma "é um sinal de que Paris quer aproveitar a experiência" do ex-comissário europeu Mario Monti e uma tentativa de "ampliar o círculo além do tête-à-tête" com Berlim (Antoine Antoniol/Getty Images)

A visita de Hollande a Roma "é um sinal de que Paris quer aproveitar a experiência" do ex-comissário europeu Mario Monti e uma tentativa de "ampliar o círculo além do tête-à-tête" com Berlim (Antoine Antoniol/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 07h05.

Roma - Enquanto a Itália se esforça para acalmar os temores do mercado de que pode ser a próxima bola na linha de fogo da crise da dívida europeia, o presidente da França, François Hollande, viaja nesta quinta-feira a Roma para negociações preliminares antes de uma cúpula chave na semana seguinte.

As conversações devem se concentrar no crescimento e na gestão da dívida e irão preparar o terreno para uma importante cúpula em Roma, envolvendo Itália, França, Alemanha e Espanha em 22 de junho, e um importante encontro de líderes da UE em Bruxelas, em 28 e 29 junho.

A visita de Hollande a Roma "é um sinal de que Paris quer aproveitar a experiência" do ex-comissário europeu Mario Monti e uma tentativa de "ampliar o círculo além do tête-à-tête" com Berlim, disse uma fonte diplomática.

Monti e Hollande, que se reuniram no mês passado em Camp David e Chicago, nos EUA, "querem trabalhar em propostas comuns" para combater a crise da dívida, afirmaram as fontes.

A pressão sobre os líderes da União Europeia para acertar medidas contra a crise se intensificou, após o pedido de ajuda da Espanha e às vésperas de uma eleição grega que poderá forçar Atenas a deixar a zona do euro, com resultados potencialmente desastrosos para a Itália.

O encontro, que ocorre no momento em que o primeiro-ministro italiano Mario Monti procura garantir aliados para conter a espiral da crise, marca um movimento para ampliar as negociações da dívida da zona do euro para além da usual aliança franco-alemã, dando à Itália um papel mais proeminente. As informações são da Dow Jones.

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