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Hollande pede formação de novo governo francês

O presidente francês, François Hollande, solicitou ao primeiro-ministro Manuel Valls a formação de um novo governo

O presidente da França, François Hollande (E) e o primeiro-ministro Manuel Valls (Bertrang Langlois/AFP)

O presidente da França, François Hollande (E) e o primeiro-ministro Manuel Valls (Bertrang Langlois/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 08h38.

Paris - O presidente francês, François Hollande, solicitou nesta segunda-feira ao primeiro-ministro Manuel Valls a formação de um novo governo, que será anunciado na terça-feira, informou a presidência.

"O chefe de Estado pediu a formação de uma equipe coerente com as orientações que ele mesmo definiu para o nosso país", afirma o comunicado da presidência.

A crise sobre a política econômica do governo abala a administração de Hollande.

O presidente "recebeu esta manhã o primeiro-ministro", informa o comunicado.

"Manuel Valls apresentou ao presidente da República a renúncia de seu governo".

A presidência francesa destacou que a formação do novo governo será anunciada na terça-feira.

O ministro francês da Economia, Arnaud Montebourg, recebeu graves advertências da equipe de Valls por suas críticas ácidas à política econômica do governo.

"Consideramos que ultrapassou uma linha amarela, na medida que um ministro da Economia não pode manifestar-se em tais condições sobre a linha econômica do governo e sobre um sócio europeu como a Alemanha", declarou à AFP um integrante da equipe de Valls.

"O primeiro-ministro assumiu o comando na questão", completou a fonte, que lançou dúvidas sobre a permanência de Montebourg no cargo.

Montebourg confirmou nesta segunda-feira as críticas à política econômica de François Hollande e de Manuel Valls, ao mesmo tempo que se defendeu de uma possível infração à solidariedade governamental.

Em uma entrevista publicada no sábado pelo jornal Le Monde, Montebourg criticou a linha econômica de Valls e Hollande, ambos socialistas como ele, assim como a "política de austeridade imposta pela Alemanha a toda Europa".

"Não podemos nos permitir ceder mais", disse o ministro, conhecido pelas críticas que já provocaram problemas ao governo.

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