Hollande busca apoio de Merkel na luta contra o EI
Apesar da unidade expressa em Washington após os atentados de 13 de novembro em Paris, Hollande não obteve muita coisa do presidente americano Barack Obama
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2015 às 16h19.
O presidente francês, François Hollande , recebe nesta quarta-feira a chanceler alemã Angela Merkel, como parte de sua mobilização para formar uma coalizão contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que até o momento não apresenta grandes resultados.
Apesar da unidade expressa na terça-feira em Washington após os atentados de 13 de novembro em Paris, Hollande não obteve muita coisa do presidente americano Barack Obama, exceto a promessa de intensificar os bombardeios americanos contra o EI e o intercâmbio de informações entre os serviços de inteligência dos dois países.
Obama expressou suas reservas a respeito das possibilidades de cooperação com a Rússia no conflito sírio, enquanto não acontecer uma "mudança estratégica" de Vladimir Putin, situação que transforma em algo extremamente hipotético a possibilidade de formar uma grande coalizão incluindo Moscou.
Washington e Paris acusam a Rússia de ter concentrado os bombardeios contra a oposição síria moderada e não contra o EI, além de fornecer apoio ao presidente Bashar al-Assad, cuja saída é exigida por França e Estados Unidos.
O projeto francês de maior coordenação no combate contra o EI sofreu outro revés na terça-feira, quando a Turquia, país membro da Otan e que integra a coalizão anti-EI liderada pelos Estados Unidos, derrubou um avião russo, acusado de ter violado o espaço aéreo turco na fronteira com a Síria.
Putin, que receberá Hollande na quinta-feira em Moscou, chamou a ação de "punhalada nas costas". Um piloto russo morreu e o outro foi resgatado pelo exército sírio.
Nesta quarta, centenas de manifestantes lançaram pedras contra a embaixada da Turquia em Moscou.
Apesar do clima tenso, a diplomacia russa parece estender a mão às potências ocidentais, ao afirmar que o país está "disposto a constituir um Estado-Maior comum" contra o EI, incluindo a França, os Estados Unidos e até mesmo a Turquia.
EI reivindica atentado na Tunísia
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, apoiou "a proposta positiva" de Hollande de fechar a fronteira entre a Síria e a Turquia para "deter o fluxo de combatentes" jihadistas.
O chanceler também tentou diminuir as tensões com Ancara, ao declarar que seu país não tem a intenção de "fazer a guerra com a Turquia".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tentou reduzir a tensão ao afirmar que seu país quer evitar uma "escalada" com a Rússia, ao mesmo tempo, no entanto, que justificou o ataque ao avião russo.
Hollande receberá ainda nesta quarta-feira em Paris a chanceler Angela Merkel, com quem discutirá a luta contra o terrorismo e a questão do acolhimento de refugiados.
Antes desta reunião, a Alemanha, que não faz parte da coalizão antijihadista na Síria e no Iraque, anunciou o envio de 650 tropas adicionais ao Mali para ajudar a França na luta contra o EI.
O governo francês tentará convencer Berlim a se juntar à coalizão contra o EI.
Quando questionado pela imprensa alemã, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou que "os alemães são pessoas muito pragmáticas e um dia vão passar da teoria à prática".
Neste contexto, o EI reivindicou nesta quarta-feira o ataque a um ônibus da guarda presidencial tunisiana, que matou 12 pessoas na terça-feira em Túnis.
Na Bélgica, Bruxelas se esforçava para retomar a vida normal, apesar da manutenção do estado de alerta, com a retomada gradual das linhas de metrô e a reabertura das escolas após quatro dias de paralisia quase total.
Um dos principais suspeitos dos ataques de Paris (130 mortos e 350 feridos), Salah Abdeslam, ainda é procurado na Bélgica.
O presidente francês, François Hollande , recebe nesta quarta-feira a chanceler alemã Angela Merkel, como parte de sua mobilização para formar uma coalizão contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que até o momento não apresenta grandes resultados.
Apesar da unidade expressa na terça-feira em Washington após os atentados de 13 de novembro em Paris, Hollande não obteve muita coisa do presidente americano Barack Obama, exceto a promessa de intensificar os bombardeios americanos contra o EI e o intercâmbio de informações entre os serviços de inteligência dos dois países.
Obama expressou suas reservas a respeito das possibilidades de cooperação com a Rússia no conflito sírio, enquanto não acontecer uma "mudança estratégica" de Vladimir Putin, situação que transforma em algo extremamente hipotético a possibilidade de formar uma grande coalizão incluindo Moscou.
Washington e Paris acusam a Rússia de ter concentrado os bombardeios contra a oposição síria moderada e não contra o EI, além de fornecer apoio ao presidente Bashar al-Assad, cuja saída é exigida por França e Estados Unidos.
O projeto francês de maior coordenação no combate contra o EI sofreu outro revés na terça-feira, quando a Turquia, país membro da Otan e que integra a coalizão anti-EI liderada pelos Estados Unidos, derrubou um avião russo, acusado de ter violado o espaço aéreo turco na fronteira com a Síria.
Putin, que receberá Hollande na quinta-feira em Moscou, chamou a ação de "punhalada nas costas". Um piloto russo morreu e o outro foi resgatado pelo exército sírio.
Nesta quarta, centenas de manifestantes lançaram pedras contra a embaixada da Turquia em Moscou.
Apesar do clima tenso, a diplomacia russa parece estender a mão às potências ocidentais, ao afirmar que o país está "disposto a constituir um Estado-Maior comum" contra o EI, incluindo a França, os Estados Unidos e até mesmo a Turquia.
EI reivindica atentado na Tunísia
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, apoiou "a proposta positiva" de Hollande de fechar a fronteira entre a Síria e a Turquia para "deter o fluxo de combatentes" jihadistas.
O chanceler também tentou diminuir as tensões com Ancara, ao declarar que seu país não tem a intenção de "fazer a guerra com a Turquia".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tentou reduzir a tensão ao afirmar que seu país quer evitar uma "escalada" com a Rússia, ao mesmo tempo, no entanto, que justificou o ataque ao avião russo.
Hollande receberá ainda nesta quarta-feira em Paris a chanceler Angela Merkel, com quem discutirá a luta contra o terrorismo e a questão do acolhimento de refugiados.
Antes desta reunião, a Alemanha, que não faz parte da coalizão antijihadista na Síria e no Iraque, anunciou o envio de 650 tropas adicionais ao Mali para ajudar a França na luta contra o EI.
O governo francês tentará convencer Berlim a se juntar à coalizão contra o EI.
Quando questionado pela imprensa alemã, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou que "os alemães são pessoas muito pragmáticas e um dia vão passar da teoria à prática".
Neste contexto, o EI reivindicou nesta quarta-feira o ataque a um ônibus da guarda presidencial tunisiana, que matou 12 pessoas na terça-feira em Túnis.
Na Bélgica, Bruxelas se esforçava para retomar a vida normal, apesar da manutenção do estado de alerta, com a retomada gradual das linhas de metrô e a reabertura das escolas após quatro dias de paralisia quase total.
Um dos principais suspeitos dos ataques de Paris (130 mortos e 350 feridos), Salah Abdeslam, ainda é procurado na Bélgica.