Hoeness renúncia à presidência do Bayern e aceita prisão
Uli Hoeness esperava contar com leniência das autoridades, num caso de grande repercussão no país
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2014 às 11h02.
Munique - O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, renunciou ao cargo nesta sexta-feira e anunciou que aceita a penas de três anos e meio de prisão por ter sonegado impostos no valor de 27 milhões de euros (37,6 milhões de dólares).
Hoeness, de 62 anos, nome muito conhecido na Alemanha e amigo da chanceler Angela Merkel, havia admitido que sonegou rendimentos depositando-os em contas na Suíça, mas esperava contar com leniência das autoridades, num caso de grande repercussão no país.
"Após discussões com minha família, decidi aceitar a decisão do tribunal de Munique a respeito dos meus assuntos tributários. Isso se adequa ao meu entendimento da decência, dignidade e responsabilidade pessoal", escreveu ele em nota divulgada no site do Bayern, um dos mais bem-sucedidos clubes do mundo.
Segundo ele, "a evasão tributária foi o maior erro da minha vida".
O Bayern informou que o chefe da Adidas, Herbert Hainer, será o substituto de Hoeness na presidência do clube. A empresa de material esportivo tem uma participação de 8,3 por cento na equipe e fornece o uniforme do time há mais de 50 anos.
Na quinta-feira, o juiz Rupert Heindl determinou que a admissão feita voluntariamente por Hoeness não suficiente, e que por isso ele não atendia a um requisito básico para a anistia, conforme leis criadas para estimular que sonegadores quitem suas dívidas.
O tribunal considerou que ele demorou muito para entregar informações, e que os dados continham muitos erros.
Hoeness, ex-jogador que foi campeão mundial pela Alemanha em 1974 e que é adorado pela torcida do Bayern, costumava participar de muitos talk shows e, ironicamente, se manifestava em favor de impostos mais altos e contra sonegadores.
Steffen Seibert, porta-voz do governo, disse que "a chanceler respeita a decisão que o sr. Hoeness tomou hoje". Ele não quis discutir detalhes de um almoço entre Merkel e Hoeness dias antes de ele decidir se entregar -- um encontro que foi alvo de muitas especulações na mídia.
O caso dele chocou a Alemanha, onde a evasão tributária é considerada um crime grave, e levou milhares de sonegadores a se entregarem.
Hoeness foi inicialmente acusado de sonegar 3,5 milhões de dólares em impostos. Mas, quando o julgamento começou, na segunda-feira, ele surpreendeu o tribunal ao admitir que na verdade a quantia sonegada equivalia a cinco vezes isso -- 18,5 milhões de euros. Depois, a cifra foi elevada para 28,5 milhões de euros, valor reconhecido pela defesa de Hoeness.
O réu disse que deixará a presidência do Bayern para não prejudicar a imagem do time. "O Bayern de Munique é o trabalho da minha vida, e continuará sendo", afirmou.
Ele passou 35 anos ocupando cargos de gestão no clube, período em que o faturamento do Bayern disparou. Agora, será substituído na presidência do conselho por Herbert Hainer, executivo-chefe da Adidas.
Munique - O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, renunciou ao cargo nesta sexta-feira e anunciou que aceita a penas de três anos e meio de prisão por ter sonegado impostos no valor de 27 milhões de euros (37,6 milhões de dólares).
Hoeness, de 62 anos, nome muito conhecido na Alemanha e amigo da chanceler Angela Merkel, havia admitido que sonegou rendimentos depositando-os em contas na Suíça, mas esperava contar com leniência das autoridades, num caso de grande repercussão no país.
"Após discussões com minha família, decidi aceitar a decisão do tribunal de Munique a respeito dos meus assuntos tributários. Isso se adequa ao meu entendimento da decência, dignidade e responsabilidade pessoal", escreveu ele em nota divulgada no site do Bayern, um dos mais bem-sucedidos clubes do mundo.
Segundo ele, "a evasão tributária foi o maior erro da minha vida".
O Bayern informou que o chefe da Adidas, Herbert Hainer, será o substituto de Hoeness na presidência do clube. A empresa de material esportivo tem uma participação de 8,3 por cento na equipe e fornece o uniforme do time há mais de 50 anos.
Na quinta-feira, o juiz Rupert Heindl determinou que a admissão feita voluntariamente por Hoeness não suficiente, e que por isso ele não atendia a um requisito básico para a anistia, conforme leis criadas para estimular que sonegadores quitem suas dívidas.
O tribunal considerou que ele demorou muito para entregar informações, e que os dados continham muitos erros.
Hoeness, ex-jogador que foi campeão mundial pela Alemanha em 1974 e que é adorado pela torcida do Bayern, costumava participar de muitos talk shows e, ironicamente, se manifestava em favor de impostos mais altos e contra sonegadores.
Steffen Seibert, porta-voz do governo, disse que "a chanceler respeita a decisão que o sr. Hoeness tomou hoje". Ele não quis discutir detalhes de um almoço entre Merkel e Hoeness dias antes de ele decidir se entregar -- um encontro que foi alvo de muitas especulações na mídia.
O caso dele chocou a Alemanha, onde a evasão tributária é considerada um crime grave, e levou milhares de sonegadores a se entregarem.
Hoeness foi inicialmente acusado de sonegar 3,5 milhões de dólares em impostos. Mas, quando o julgamento começou, na segunda-feira, ele surpreendeu o tribunal ao admitir que na verdade a quantia sonegada equivalia a cinco vezes isso -- 18,5 milhões de euros. Depois, a cifra foi elevada para 28,5 milhões de euros, valor reconhecido pela defesa de Hoeness.
O réu disse que deixará a presidência do Bayern para não prejudicar a imagem do time. "O Bayern de Munique é o trabalho da minha vida, e continuará sendo", afirmou.
Ele passou 35 anos ocupando cargos de gestão no clube, período em que o faturamento do Bayern disparou. Agora, será substituído na presidência do conselho por Herbert Hainer, executivo-chefe da Adidas.