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Histórica vitória republicana em reduto democrata de Nova York

Bob Turner será o primeiro republicano a representar os bairros de Queens e Brooklyn desde 1923

O candidato republicano Bob Turner acumulava 53% dos votos e garantiu a vitória (AFP/Getty Images / Spencer Platt)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 18h21.

Nova York - Os republicanos conquistaram na terça-feira uma histórica vitória em uma eleição especial para substituir um congressista em um distrito de Nova York tradicionalmente favorável ao partido democrata, uma dura mensagem de advertência ao presidente Barack Obama com a aproximação das eleições de 2012.

O candidato republicano Bob Turner acumulava 53% dos votos, contra 47% do democrata David Weprin, uma tendência irreversível com a apuração de 80% dos votos, indicou a rede de televisão NY1, segundo dados do New York State Board of Elections. Outros meios de comunicação americanos confirmaram o resultado.

A eleição no Distrito Congressional 9 de Nova York, composto pelos bairros do Queens (nordeste) e Brooklyn (sudeste) e onde os republicanos não venciam desde 1923, foi realizada para ocupar o cargo deixado vago pelo democrata Anthony Weiner, que precisou renunciar em junho após um escândalo sexual.

"Esta é uma eleição histórica. O povo deste distrito nos pediu para enviar uma mensagem a Washington e espero que tenha os ouvido de forma forte e clara", disse Turner de seu quartel-general, ao anunciar sua vitória em um discurso transmitido pela televisão após a meia-noite.

Efetivamente, a vitória republicana significa uma forte mensagem de advertência para Obama com a aproximação das eleições presidenciais, que ocorrem no ano que vem, em um contexto de descontentamento social pela crise econômica que atravessa o país, que tem uma taxa de desemprego que supera os 9%.

"Estamos prontos para dizer 'Senhor presidente, vamos pelo caminho errado'", acrescentou Turner, do Tea Party - a ala direita dos republicanos -, em meio às comemorações de seus simpatizantes.

"Não estamos felizes. Eu sou o mensageiro", continuou Turner, que comemorou o fato de que o eleitorado tenha "rejeitado a retórica" que, a seu ver, predominou na campanha.

Segundo as análises prévias a esta eleição, a principal razão de uma possível vitória republicana era a baixa porcentagem de aprovação que a gestão de Obama tem neste momento em nível nacional.

"Se Turner vencer, isso se deverá à incrível impopularidade de Barack Obama, que afeta seu partido no distrito", afirmaram especialistas da PPP (Public Policy Polling).

Já Weprin acreditava que o apoio da maquinaria democrata demonstraria que as pesquisas estão equivocadas.

Uma questão importante nestas eleições foi o voto da grande comunidade ortodoxa judia que vive neste distrito eleitoral.

Os judeus conservadores americanos desconfiam da posição de Obama em relação ao conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos e são reticentes a medidas como permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Turner se apresentou como um fervoroso pró-israelense e oposto ao casamento homossexual, que Weprin impulsionou recentemente em uma histórica votação na Assembleia do estado de Nova York.

Inclusive, na batalha por influenciar o eleitorado, Turner obteve o apoio do ex-prefeito de Nova York, um judeu democrata, Ed Koch.

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Nova York - Os republicanos conquistaram na terça-feira uma histórica vitória em uma eleição especial para substituir um congressista em um distrito de Nova York tradicionalmente favorável ao partido democrata, uma dura mensagem de advertência ao presidente Barack Obama com a aproximação das eleições de 2012.

O candidato republicano Bob Turner acumulava 53% dos votos, contra 47% do democrata David Weprin, uma tendência irreversível com a apuração de 80% dos votos, indicou a rede de televisão NY1, segundo dados do New York State Board of Elections. Outros meios de comunicação americanos confirmaram o resultado.

A eleição no Distrito Congressional 9 de Nova York, composto pelos bairros do Queens (nordeste) e Brooklyn (sudeste) e onde os republicanos não venciam desde 1923, foi realizada para ocupar o cargo deixado vago pelo democrata Anthony Weiner, que precisou renunciar em junho após um escândalo sexual.

"Esta é uma eleição histórica. O povo deste distrito nos pediu para enviar uma mensagem a Washington e espero que tenha os ouvido de forma forte e clara", disse Turner de seu quartel-general, ao anunciar sua vitória em um discurso transmitido pela televisão após a meia-noite.

Efetivamente, a vitória republicana significa uma forte mensagem de advertência para Obama com a aproximação das eleições presidenciais, que ocorrem no ano que vem, em um contexto de descontentamento social pela crise econômica que atravessa o país, que tem uma taxa de desemprego que supera os 9%.

"Estamos prontos para dizer 'Senhor presidente, vamos pelo caminho errado'", acrescentou Turner, do Tea Party - a ala direita dos republicanos -, em meio às comemorações de seus simpatizantes.

"Não estamos felizes. Eu sou o mensageiro", continuou Turner, que comemorou o fato de que o eleitorado tenha "rejeitado a retórica" que, a seu ver, predominou na campanha.

Segundo as análises prévias a esta eleição, a principal razão de uma possível vitória republicana era a baixa porcentagem de aprovação que a gestão de Obama tem neste momento em nível nacional.

"Se Turner vencer, isso se deverá à incrível impopularidade de Barack Obama, que afeta seu partido no distrito", afirmaram especialistas da PPP (Public Policy Polling).

Já Weprin acreditava que o apoio da maquinaria democrata demonstraria que as pesquisas estão equivocadas.

Uma questão importante nestas eleições foi o voto da grande comunidade ortodoxa judia que vive neste distrito eleitoral.

Os judeus conservadores americanos desconfiam da posição de Obama em relação ao conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos e são reticentes a medidas como permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Turner se apresentou como um fervoroso pró-israelense e oposto ao casamento homossexual, que Weprin impulsionou recentemente em uma histórica votação na Assembleia do estado de Nova York.

Inclusive, na batalha por influenciar o eleitorado, Turner obteve o apoio do ex-prefeito de Nova York, um judeu democrata, Ed Koch.

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