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Hillary justifica uso de email pessoal por questões práticas

Provável candidata democrata à presidência em 2016, Hillary jamais recorreu a seu email oficial durante os quatro anos em que esteve à frente do Departamento de Estado (2009-2013)

Hillary Clinton: "estou absolutamente convencida de que tudo o que possa estar relacionado com o trabalho está agora nas mãos do departamento de Estado" (Brendan Smialowski/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 09h08.

Nova York - A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton admitiu, nesta terça-feira, que errou ao não usar o "email" oficial para sua troca de mensagens enquanto dirigiu a diplomacia dos Estados Unidos, mas argumentou que agiu dessa forma por "razões práticas".

Provável candidata democrata à presidência em 2016, Hillary se viu envolvida em uma polêmica na última semana, após ser revelado que nos quatro anos em que esteve à frente do Departamento de Estado (2009-2013) jamais recorreu a seu "email" oficial.

"Optei por uma conta de e-mail pessoal por razões práticas (...), porque pensava que seria mais simples para mim ter apenas um mecanismo no lugar de dois, para o trabalho e meus e-mails pessoais", disse Clinton à imprensa, admitindo que "teria sido mais inteligente utilizar os dois e-mails".

"Estou absolutamente convencida de que tudo o que possa estar relacionado com o trabalho está agora nas mãos do departamento de Estado".

A opção de Hillary pela conta pessoal, que pode se configurar em violação das normas vigentes, suscita a questão da segurança na divulgação de informações profissionais.

Passadas as críticas, a ex-secretária de Estado pediu para que suas mensagens fossem tornadas públicas. Hillary ficou satisfeita ao saber que o Departamento de Estado já iniciou a publicação de 30 mil "emails" profissionais.

"Tomei a decisão de torná-los públicos para que todos pudessem vê-los. As leis e regulamentos em vigor quando era secretária de Estado me permitiam usar meu e-mail para o trabalho".

Mas ela admitiu que cerca de 30 mil outros "emails" pessoais foram apagados, argumento que seus críticos devem usar contra ela.

Hillary afirma que não apagou qualquer e-mail institucional, apenas mensagens pessoais, referentes ao casamento de sua filha, o enterro da mãe e férias.

"O servidor vai continuar sendo de uso interno, e eu acredito que o Departamento de Estado terá condições de divulgar todos os arquivos fornecidos", explicou Hillary.

A legislação em vigor nos EUA impõe que seja conservada nos Arquivos Nacionais toda troca de mensagens profissionais realizada por quem trabalha no governo. Desde 2014, qualquer comunicado enviado de uma conta pessoal de "e-mail" também deve ser enviado à respectiva conta mantida pelo funcionário no ambiente governamental, para ser arquivado.

O porta-voz do presidente republicano da Câmara de Representantes, Michael Steel, destacou que Clinton não entregou os e-mails de boa fé, e sim foi obrigada a fazê-lo devido à supervisão inteligente, decidida e eficaz da Comissão da Câmara sobre Benghazi".

Os republicanos aproveitaram a investigação sobre o ataque ao consulado americano na cidade líbia de Benghazi para denunciar a fixação pelo segredo de Hillary Clinton, e deflagraram uma ofensiva política para exigir o exame do servidor que a então secretária de Estado mantinha em sua casa, para verificar se e-mails oficiais não foram apagados.

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Nova York - A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton admitiu, nesta terça-feira, que errou ao não usar o "email" oficial para sua troca de mensagens enquanto dirigiu a diplomacia dos Estados Unidos, mas argumentou que agiu dessa forma por "razões práticas".

Provável candidata democrata à presidência em 2016, Hillary se viu envolvida em uma polêmica na última semana, após ser revelado que nos quatro anos em que esteve à frente do Departamento de Estado (2009-2013) jamais recorreu a seu "email" oficial.

"Optei por uma conta de e-mail pessoal por razões práticas (...), porque pensava que seria mais simples para mim ter apenas um mecanismo no lugar de dois, para o trabalho e meus e-mails pessoais", disse Clinton à imprensa, admitindo que "teria sido mais inteligente utilizar os dois e-mails".

"Estou absolutamente convencida de que tudo o que possa estar relacionado com o trabalho está agora nas mãos do departamento de Estado".

A opção de Hillary pela conta pessoal, que pode se configurar em violação das normas vigentes, suscita a questão da segurança na divulgação de informações profissionais.

Passadas as críticas, a ex-secretária de Estado pediu para que suas mensagens fossem tornadas públicas. Hillary ficou satisfeita ao saber que o Departamento de Estado já iniciou a publicação de 30 mil "emails" profissionais.

"Tomei a decisão de torná-los públicos para que todos pudessem vê-los. As leis e regulamentos em vigor quando era secretária de Estado me permitiam usar meu e-mail para o trabalho".

Mas ela admitiu que cerca de 30 mil outros "emails" pessoais foram apagados, argumento que seus críticos devem usar contra ela.

Hillary afirma que não apagou qualquer e-mail institucional, apenas mensagens pessoais, referentes ao casamento de sua filha, o enterro da mãe e férias.

"O servidor vai continuar sendo de uso interno, e eu acredito que o Departamento de Estado terá condições de divulgar todos os arquivos fornecidos", explicou Hillary.

A legislação em vigor nos EUA impõe que seja conservada nos Arquivos Nacionais toda troca de mensagens profissionais realizada por quem trabalha no governo. Desde 2014, qualquer comunicado enviado de uma conta pessoal de "e-mail" também deve ser enviado à respectiva conta mantida pelo funcionário no ambiente governamental, para ser arquivado.

O porta-voz do presidente republicano da Câmara de Representantes, Michael Steel, destacou que Clinton não entregou os e-mails de boa fé, e sim foi obrigada a fazê-lo devido à supervisão inteligente, decidida e eficaz da Comissão da Câmara sobre Benghazi".

Os republicanos aproveitaram a investigação sobre o ataque ao consulado americano na cidade líbia de Benghazi para denunciar a fixação pelo segredo de Hillary Clinton, e deflagraram uma ofensiva política para exigir o exame do servidor que a então secretária de Estado mantinha em sua casa, para verificar se e-mails oficiais não foram apagados.

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