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Hillary critica cortes de Trump na diplomacia e na saúde

A candidata democrata, que se manteve longe dos holofotes desde então, lançou vários dardos em Trump durante um discurso em universidade

Hillary Clinton: "Virar nossa costas à diplomacia não fará com que nosso país seja mais seguro, mas solapará nossa segurança e nossa imagem no mundo", advertiu Hillary (Kevin Lamarque/Reuters)

Hillary Clinton: "Virar nossa costas à diplomacia não fará com que nosso país seja mais seguro, mas solapará nossa segurança e nossa imagem no mundo", advertiu Hillary (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de março de 2017 às 16h24.

Washington - Hillary Clinton expressou nesta sexta-feira sua crítica mais pesada contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde a chegada dele ao poder em janeiro, ao zombar de seu gosto pelos "fatos alternativos" e tachar de "grave erro" sua proposta de cortes orçamentários em saúde, desenvolvimento e diplomacia.

A candidata democrata nas eleições presidenciais de novembro de 2016, que se manteve longe dos holofotes desde então, lançou vários dardos em Trump durante um discurso na Universidade de Georgetown, em Washington, por ocasião de uma entrega de prêmios a protagonistas do processo de paz na Colômbia.

"Estamos vendo sinais de uma mudança que deveria alarmar a todos nós. A proposta de cortes deste governo na saúde, no desenvolvimento e na diplomacia seria um golpe nas mulheres e nas crianças e um grave erro para nosso país", disse Hillary.

Trump enviou neste mês ao Congresso sua proposta orçamentária para o ano fiscal de 2018, que prevê enormes cortes no Departamento de Estado (31%), na Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA), também de 31%; e no Departamento de Saúde (23%).

"Virar nossa costas à diplomacia não fará com que nosso país seja mais seguro, mas solapará nossa segurança e nossa imagem no mundo", advertiu Hillary, que foi secretária de Estado dos EUA entre 2009 e 2013.

Hillary fez, além disso, várias referências ao que os membros de seu partido veem como um desprezo pela verdade na Casa Branca, uma impressão apoiada no que a conselheira presidencial Kellyanne Conway definiu como "fatos alternativos".

"Os estudos demonstram - e aqui estou de novo falando com base em pesquisa, provas e fatos - que quando as mulheres estão incluídas nas negociações de paz, é menos provável que os acordos fracassem", afirmou Hillary, provocando uma grande ovação dos presentes com sua irônica referência às "provas e fatos".

"As mulheres não são inerentemente mais pacíficas que os homens. Esse é um estereótipo, que só tem cabimento em um espectro alternativo", voltou a alfinetar a ex-candidata presidencial.

Embora Hillary tenha se mantido discreta desde sua derrota nas eleições de novembro do ano passado, nesta semana começou uma série de discursos em diferentes atos que espera continuar durante os próximos meses e está trabalhando em uma coleção de ensaios que começarão a ser lançados no final deste ano.

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