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Hidrovias podem reduzir 30% do tráfego de cargas em SP

Estudo defende que uso dos rios Tietê e Pinheiros permitiria retirar até um bilhão de toneladas de carga das ruas por ano

Proposta do Movimento Nossa São Paulo é usar o rio Tietê no transporte de cargas (Arquivo)

Proposta do Movimento Nossa São Paulo é usar o rio Tietê no transporte de cargas (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - Um plano de transporte apresentado hoje (20) pelo Movimento Nossa São Paulo aponta os rios Tietê e Pinheiros como vias-chave para a melhoria do trânsito na capital paulista. Segundo o projeto de investimentos em mobilidade urbana produzido pela organização não governamental, a criação de hidrovias nos dois rios que cortam a cidade reduziria em 30% o tráfego cargas pela região metropolitana da capital.

De acordo com o documento, "utilizar os rios Tietê e Pinheiros como meios de transporte de cargas significa tirar do trânsito da região metropolitana uma boa parte das 400 mil viagens de caminhões por dia ou 1 bilhão de toneladas de cargas por ano ".

As hidrovias ainda ajudariam a reduzir a emissão de poluentes e o preço do frete, já que o sistema hidroviário é mais eficiente, do ponto de vista econômico, do que o rodoviário.

"O transporte hidroviário é o mais barato", afirmou Simone Gatti, urbanista da empresa de consultoria TC Urbes, que participou da elaboração do plano de mobilidade. "São Paulo é quase um ilha cercada pelos rios Tietê e Pinheiros. Temos que usar este potencial".

Projetos em execução devem aumentar o trecho navegável do Rio Tietê de 41 quilômetros (da barragem Edgar de Souza, em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo até a barragem da Penha, na zona leste da capital) para 55 quilômetros. Estudos para a construção de um hidroanel metropolitano prevêem ainda a ligação do Tietê com 30 quilômetros de trecho navegável na Represa Billings.

De acordo com o plano do Movimento Nossa São Paulo, todas essas hidrovias poderiam fazer parte uma rede de transportes de carga envolvendo portos, ferrovias e rodovias. A criação da rede, segundo o estudo, seria tão importante para melhoria das condições do trânsito da cidade como a ampliação dos corredores de ônibus e a construção de ciclovias.

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