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Hamas diz que Gaza pode "explodir" após corte de energia da ANP

"A Faixa de Gaza é um barril de pólvora que poderia explodir a qualquer momento na cara de Abbas" disse um responsável do Hamas na região

Hamas: a ANP anunciou que vai deixar de pagar a eletricidade que Israel fornece ao território (Mohammed Salem/Reuters)
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EFE

Publicado em 27 de abril de 2017 às 09h36.

Cidade de Gaza - O movimento islamita Hamas, que controla de fato a Faixa de Gaza , advertiu hoje de que o território "pode explodir a qualquer momento", após o anúncio da decisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de que vai deixar de pagar a eletricidade que Israel fornece ao território.

"A Faixa de Gaza é um barril de pólvora que poderia explodir a qualquer momento na cara de (o presidente palestino Mahmoud) Abbas e da ocupação israelense", disse um responsável do Hamas na região, Khalil al Hayah, em comunicado enviado para a imprensa.

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A nota acrescenta que o movimento islamita "não pode ser pressionado ou chantageado, continuará sendo paciente e continuará com a luta".

Abbas e seu partido, o nacionalista Al Fatah, que governa a Cisjordânia, anunciaram recentemente que tomariam "medidas sem precedentes" contra a Faixa de Gaza se o Hamas não devolver o controle à ANP, e advertiram de que estas prejudicariam a vida diária dos mais de dois milhões de moradores do território.

"Gaza nunca se ajoelhou perante a ocupação nem perante nenhum outro poder na terra", respondeu desafiante Hayah.

O COGAT, organismo militar israelense encarregado de gerenciar os territórios ocupados, informou hoje que a ANP lhe comunicou que vai deixar de imediato de pagar pela eletricidade que é fornecida a Gaza.

"Israel fornece à Faixa de Gaza eletricidade através de dez linhas de transmissão que produzem 125 megawatts, cerca de 30 por cento da eletricidade de que Gaza precisa. O custo do consumo de energia elétrica é de cerca de 40 milhões de novos shequels (cerca de US$ 11 milhões) ao mês, que Israel deduz dos impostos palestinos", informou hoje em um comunicado.

"Na ausência da ANP, os pagamentos pela eletricidade em Gaza podem ser feitos através da comunidade internacional ou de entidades privadas", se sugere no comunicado.

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