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Guerrilha colombiana ELN declara trégua devido ao coronavírus

A Colômbia já registrou 798 pessoas infectadas e 12 mortos por coronavírus

Colômbia: secretário-geral da ONU pediu uma trégua global diante da pandemia de coronavírus (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de março de 2020 às 18h07.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), a maior guerrilha ativa da Colômbia , anunciou nesta segunda-feira um cessar-fogo unilateral durante abril como gesto humanitário para contribuir com a contenção da disseminação do coronavírus .

As autoridades sanitárias da Colômbia já relataram 798 pessoas infectadas e 12 mortos da Covid-19, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia.

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"O Exército de Libertação Nacional estima conveniente declarar um cessar-fogo unilateral ativo por um mês, a partir de 1° até 30 de abril, gesto humanitário do ELN com o povo colombiano, que padece da devastação do coronavírus", disse o grupo rebelde em um comunicado publicado em sua página de internet.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que pediu uma trégua global para que o mundo possa se concentrar no combate à pandemia, louvou o anúncio e acredita que ele ajudará a aliviar as comunidades das zonas afetadas pelo conflito armado de mais de meio século, que já deixou 260 mil mortos.

O grupo rebelde, que Estados Unidos e União Europeia consideram uma organização terrorista, tem frentes de guerra que operam de forma independente e que já desacataram ordens de trégua.

O grupo instou o governo do presidente Iván Duque a se reunir com sua delegação, que se encontra em Cuba, para acertar um cessar-fogo bilateral e temporal, algo que parece improvável depois que o mandatário cancelou uma possível negociação na esteira de um ataque com um carro-bomba em uma academia policial de Bogotá, em janeiro, de 2019 que deixou 22 cadetes mortos.

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