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Guerra na Síria triplicou refugiados no Brasil em 2014

Crescimento foi resultado da concessão de entrada a cidadãos sírios que fugiram da guerra civil e que já constituem a maior comunidade de refugiados do Brasil


	Refugiados: atualmente, Brasil acolhe 6.492 pessoas de 80 nacionalidades, incluindo 1.739 da Síria
 (Mohamed Azakir/Reuters)

Refugiados: atualmente, Brasil acolhe 6.492 pessoas de 80 nacionalidades, incluindo 1.739 da Síria (Mohamed Azakir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 19h20.

Brasília - O número de pedidos de refúgio aceitos pelo Brasil em 2014 triplicou, quando o país recebeu 2.320 cidadãos estrangeiros, principalmente da Síria, frente aos 651 do ano anterior, informou o Ministério da Justiça nesta segunda-feira.

O crescimento foi resultado, fundamentalmente, da concessão de entrada a cidadãos sírios que fugiram da guerra civil e que já constituem a maior comunidade de refugiados do Brasil.

Os dados foram contabilizados pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão vinculado à Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, que ressaltou que um expressivo número solicitação de refúgio nesse período foi de estrangeiros de religião muçulmana.

Atualmente, o Brasil acolhe 6.492 pessoas de 80 nacionalidades, incluindo 1.739 da Síria, 1.071 da Angola, 834 da Colômbia e 799 da República Democrática do Congo.

O grupo com a menor quantidade de refugiados é o de cidadãos de Serra Leoa, com 137 pessoas.

Desde 2012, os colombianos podem ainda solicitar residência temporária no Brasil como parte do Acordo de Residência do Mercosul.

A residência permanente pode ser solicitada depois de dois anos, prazo menor que os quatro previstos para refugiados, conforme lembrou o órgão.

Ao todo, o Conare recebeu ao longo do ano passado 8.302 pedidos de refúgio, frente aos 5.882 registrados em 2013.

De acordo com o Ministério da Justiça, no ano passado foi registrada uma grande entrada de haitianos, mas estas solicitações foram remetidas ao Conselho Nacional de Imigração e não são tratadas como casos de refúgio político.

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