Guerra Israel-Hamas: Israel confirma que matou suspeitos armados que atravessaram fronteira
Grupo libanês Hezbollah fez ataques contra pontos nos campos de Shabaa em 'solidariedade' ao Hamas, mas nega envolvimento no confronto e nas infiltrações
Agência de notícias
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 13h53.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 16h21.
Um comunicado do Exército israelense informou nesta segunda-feira que seus soldados “mataram vários suspeitos armados” que cruzaram a fronteira do Líbano, citou a AFP. O texto disse ainda que “helicópteros da Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) estão atualmente atacando a área”.
Disparos seguem sendo feitos por soldados israelenses próxima à cidade de Marwahin segundo relatos libaneses feitos à Haaretz. Hezbollah, grupo armado libanês, negou envolvimento no confronto e nas infiltrações.
- Hezbollah ataca posições israelenses na fronteira com o Líbano
- Pelo menos 200 israelenses morreram e mais de 1,1 mil ficaram feridos, diz Israel
- O que é o Hezbollah? Grupo do Líbano ataca Israel e garante apoio ao Hamas
- Hezbollah bombardeia quartéis em Israel em resposta a ataques do Exército
- Rei da Jordânia adverte Biden quanto a escalada do confronto em Israel
- Guerra Israel-Hamas: Israel ordena que a Chevron feche plataforma de gás natural
Ataque-surpresa do Hamas por terra, mar e ar sem precedentes nas últimas décadas deixa centenas de mortos e dezenas de reféns em Israel
Uma autoridade local teria informado também à agência francesa que o Estado judeu bombardeou o sul do Líbano. Sirenes de alerta de bombardeios soaram no norte de Israel, próximo à fronteira com o país, informou a Al Jazeera.
Sede do Hezbollah
O Líbano é a sede do grupo armado Hezbollah, que reivindicou os ataques feitos contra Israel na manhã de domingo. Foram lançadas uma série de mísseis e artilharia contra três pontos nos campos de Shabaa, disputada região na fronteira entre os dois países. Segundo a Associated Press, calcula-se que tenham sido jogados cerca de 150 mil foguetes e mísseis contra Israel.
De acordo com o Hezbollah, que também atua como um partido político no país, o ataque foi uma demonstração de "solidariedade" ao povo palestino com a operação terrestre, marítima e aérea terrorista lançada no sábado pelo grupo extremista armado Hamas, do qual o grupo libanês é aliado. O Hezbollah também é apoiado pelo Irã, inimigo de Israel.
Apesar da mensagem de apoio ao ataque terrorista, o grupo armado negou em um comunicado qualquer "confronto entre membros da resistência e o inimigo israelense ou qualquer tentativa de infiltração" em Israel.
A escalada do conflito já pôde ser presenciada ainda no domingo. Em resposta aos mísseis, o Exército israelense informou ter atingido com um drone uma "infraestrutura terrorista do Hezbollah" em Har Dov, na região fronteiriça. As tensões continuaram com uma segunda troca de tiros com forças do Hezbollah no vilarejo de Kfar Shouba, no sul do Líbano. Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que o governo libanês reforçou a segurança na região