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Guerlain é condenado a pagar 6 mil euros por racismo

Declarações feitas em 2010 sobre os negros provocaram indignação e um pedido de boicote da marca de perfumes Guerlain

Jean-Paul Guerlain: "pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim..." (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 12h09.

Paris - O tribunal correcional de Paris condenou nesta quinta-feira Jean-Paul Guerlain, herdeiro da famosa casa de perfumes Guerlain, a uma multa de 6.000 euros por injúria racista, por causa das declarações feitas em 2010 sobre os negros que provocaram indignação e um pedido de boicote da marca.

Guerlain foi julgado por declarações feitas em 15 de outubro de 2010 ao canal France 2. Naquele dia, evocando a criação do perfume Samsara, o ex-perfumista de Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim...".

As reações de protesto foram imediatas e Guerlain pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu pensamento.

Suas desculpas, no entanto, não bastaram para acalmar a polêmica, nem para evitar que várias organizações de luta contra o racismo apresentassem uma queixa judicial, entre elas o SOS Racismo e o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos.

Com 75 anos de idade e aposentado desde 2002, Guerlain trabalhou 47 anos na empresa da família e continuou sendo conselheiro da empresa depois de se aposentar. Mas a empresa interrompeu esta colaboração dias depois de suas declarações sobre os negros.

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Guerlain foi julgado por declarações feitas em 15 de outubro de 2010 ao canal France 2. Naquele dia, evocando a criação do perfume Samsara, o ex-perfumista de Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim...".

As reações de protesto foram imediatas e Guerlain pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu pensamento.

Suas desculpas, no entanto, não bastaram para acalmar a polêmica, nem para evitar que várias organizações de luta contra o racismo apresentassem uma queixa judicial, entre elas o SOS Racismo e o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos.

Com 75 anos de idade e aposentado desde 2002, Guerlain trabalhou 47 anos na empresa da família e continuou sendo conselheiro da empresa depois de se aposentar. Mas a empresa interrompeu esta colaboração dias depois de suas declarações sobre os negros.

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