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Guatemala decreta estado de calamidade devido a vulcão

Cidade da Guatemala - O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, decretou "estado de calamidade" em três departamentos do país por causa da erupção do vulcão Pacaya (sul), que causou a morte de um jornalista, o desaparecimento de três crianças e muitos danos na capital. O comunicado emitido pelo governo explica que o decreto terá duração […]

O cinegrafista Byron Secaid estava cobrindo a erupção quando foi atingido por uma chuva de pedras (.)

O cinegrafista Byron Secaid estava cobrindo a erupção quando foi atingido por uma chuva de pedras (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Cidade da Guatemala - O presidente da Guatemala, Álvaro Colom, decretou "estado de calamidade" em três departamentos do país por causa da erupção do vulcão Pacaya (sul), que causou a morte de um jornalista, o desaparecimento de três crianças e muitos danos na capital.

O comunicado emitido pelo governo explica que o decreto terá duração inicial de 15 dias, com possibilidade de prorrogação, e suspende algumas garantias constitucionais como a livre organização e circulação, assim como espetáculos e manifestações públicas.

Falando à imprensa, o presidente Alvaro Colom informou que um jornalista do Canal 7 local, Aníbal Archila morreu, três crianças de 7, 9 e 10 anos desapareceram, e que 20 pessoas ficaram feridas.

As patrulhas de resgate localizaram o corpo calcinado do jornalista que estava cobrindo a erupção do vulcão de 2.552 metros acima do nível do mar e localizado 50 km ao sul da capital.

Dois cinegrafistas do mesmo canal conseguiram escapar, mas sofreram queimaduras, segundo informou outro profissional da informação, explicando que seu colega não conseguiu escapar da chuva de pedras candentes que caiu sobre o veículo em que viajava.
 


O diretor executivo da Coordenação para a Redução de Desastres (Conred), Alejandro Maldonado, informou a evacuação de 1.600 pessoas, das quais 600 foram alojadas em albergues.

A Direção de Aeronáutica Civil suspendeu os voos no aeroporto internacional da capital, informou a porta-voz da entidade, Mónica Monge, explicando que essa medida foi tomada para evitar um acidente aéreo, já que a pista foi tomada por cinzas vulcânicas. Agora os pilotos devem desviar suas naves para aeroportos alternativos.

A erupção provocou grandes colunas de fumaça, assim como a emissão de nuvens de cinzas e areia que chegaram ao centro histórico da capital guatemalteca e cobriram as ruas com uma camada de até três centímetros, provocando pelo menos 20 acidentes de trânsito.
Ante a magnitude da erupção, a Conred ordenou um alerta vermelho nos arredores do vulcão.

O diretor do Instituto Sismológico, Eddy Sánchez, pediu para que a população mantenha a calma e advertiu que o vulcão ainda tem muita energia, o que fará com que a atividade de fluxos de lava e expulsão de cinzas continue por algum tempo.

Na Guatemala existem 288 vulcões, dos quais oito registram atividade.
 


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