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Guaranis libertam presidente da Funai após 8 horas de negociações

Márcio Meira e outros representantes do órgão ficaram retidos na Aldeia Estiva, município de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre (RS)

A principal cobrança dos indígenas é a demarcação das terras da comunidade, que tem cerca de 160 pessoas de 32 famílias (Divulgação/Funai)

A principal cobrança dos indígenas é a demarcação das terras da comunidade, que tem cerca de 160 pessoas de 32 famílias (Divulgação/Funai)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 17h05.

Brasília - Índios da etnia Guarani, da Aldeia Estiva, município de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre (RS), liberaram, no início desta madrugada (4), o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e outros representantes do órgão, que ficaram retidos no local por mais de oito horas.

Segundo a assessoria da Funai, Meira chegou à aldeia ontem (3) a tarde, acompanhado por servidores do órgão, para participar de uma cerimônia na qual anunciariam o início de diversas obras de benfeitoria, entre elas, a construção de 30 casas.

Durante a cerimônia, os índios passaram a cobrar a atenção de Meira, exigindo que ele permanecesse no local até ouvir e responder às reivindicações da tribo. A principal cobrança é pela demarcação das terras da comunidade, que tem cerca de 160 pessoas de 32 famílias.

De acordo com a assessoria da Funai, os índios não foram violentos e permitiram que a comitiva deixasse a aldeia após Meira assumir o compromisso de receber representantes dos guaranis em Brasília. A reunião deve ocorrer nos próximos dias.

Além das casas que serão construídas com recursos da Funai, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai repassar R$ 860 mil à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) para financiar projetos de produção sustentável. As iniciativas são uma compensação aos índios pela duplicação da rodovia federal BR-101, que passa pela terra indígena.

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