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Guaidó não descarta futura anistia a Maduro para superar crise

O presidente interino do país afirmou que iria abraçar "todos" os setores, incluindo o militar, para superar a crise

Juan Guaidó: o autoproclamado presidente interino da Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

Juan Guaidó: o autoproclamado presidente interino da Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 07h30.

Miami- Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, afirmou nesta quinta-feira em entrevista à emissora de TV americana "Univision", que não descarta uma futura anistia para Nicolás Maduro, e afirmou abraçar "todos" os setores, incluindo o militar, para superar a crise.

"Coisas semelhantes aconteceram em períodos de transição: aconteceu no Chile, aconteceu na Venezuela em 58. Não podemos descartar nenhum elemento, mas temos que ser muito firmes em relação ao futuro", disse Guaidó, que também lidera o Parlamento venezuelano, sobre uma possível anistia a Maduro.

"Dado o momento será avaliado. Está anistia está na mesa, essas garantias para todos aqueles que estão dispostos a ficar do lado da Constituição para recuperar a ordem constitucional", afirmou.

Ontem, Guaidó elevou a tensão política na Venezuela ao anunciar a sua decisão de se proclamar chefe interino do Executivo, diante de milhares de apoiadores em Caracas, durante manifestação onde exigiam o fim da grave crise que atravessa o país e a saída de Nicolás Maduro da presidência.

Durante a entrevista, Juan Guaidó descartou que essa decisão foi um golpe de Estado.

"O que fizemos ontem foi abraçar a Constituição, assumir os poderes que ela nos dá precisamente para a cessação da usurpação que a Venezuela está passando para abraçar todos os setores, inclusive o militar, e ter uma eleição livre para poder definitivamente avançar rapidamente e superar esta crise", afirmou.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, foi o primeiro a reconhecer Guaidó como o governante legítimo e interino da Venezuela, linha que seguiram outros líderes, inclusive o presidente Jair Bolsonaro. EFE

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