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Guaidó diz sentir vento de liberdade na Venezuela após renúncia de Morales

Líder opositor reforçou a convocação a protestos contra o governo de Nicolás Maduro no próximo sábado

Juan Guaidó: líder da oposição da Venezuela comemorou renúncia de Evo Morales na Bolívia (Marco Bello/Reuters)

Juan Guaidó: líder da oposição da Venezuela comemorou renúncia de Evo Morales na Bolívia (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 19h17.

O líder opositor Juan Guaidó disse nesta segunda-feira (11) sentir "um vento de liberdade" na Venezuela após a renúncia do presidente da Bolívia, Evo Morales, renovando sua convocação a protestos contra o governo de Nicolás Maduro no próximo sábado.

"Não sei se há uma brisa pela América do Sul ou um furacão boliviano de democracia, mas eu sinto um vento de liberdade", expressou Guaidó, chefe do Parlamento e reconhecido como presidente interino da Venezuela por meia centena de países, liderados pelos Estados Unidos.

Uma eleição presidencial "era a grande exigência dos bolivianos juntos na rua (...), exigindo uma transição, que fosse embora (do poder) produto da fraude", expressou o dirigente em um ato político, ao aludir às três semanas de protestos contra a questionada reeleição de Morales, que derivaram em sua renúncia.

"Hoje, a solução que a Venezuela requer (...) que todos exerçamos com força nosso direito na rua", acrescentou em referência a marchas que previamente havia convocado para o sábado em todo o país.

Uma missão eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) detectou "irregularidades" nas votações de 20 de outubro passado na Bolívia, o que intensificou as manifestações.

A oposição venezuelana também pede eleições presidenciais, ao acusar Maduro de se reeleger fraudulentamente em 2018.

Guaidó ironizou as declarações do número dois do chavismo, Diosdado Cabello, que havia afirmado há alguns dias que na América Latina sopravam "brisas bolivarianas" com os protestos contra os presidentes Sebastián Piñera e Lenín Moreno no Chile e Equador.

A Venezuela sofre a pior crise econômica de sua história moderna, com a queda de sua vital produção de petróleo e inflação estimada em 200.000% para 2019 pelo FMI.

Maduro condenou neste domingo o que denunciou como um "golpe de Estado" na Bolívia e advertiu a seus adversários: "Não se equivoquem, não façam cálculos falsos conosco".

O governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) convocou uma marcha em Caracas em apoio a Morales para o sábado, mesmo dia da convocatória de Guaidó.

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