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Guaidó anuncia excursão e manifestação para reivindicar poder na Venezuela

Mais cedo, dezenas de policiais tentaram dissolver a manifestação com gás lacrimogêneo e cordões de isolamento

Juan Guaidó: "Claro que é difícil dizer que estamos bem quando crianças morrem nos hospitais (por falta de eletricidade), quando massacram nossos indígenas. Sabemos que estamos em crise e por isso continuamos lutando" (Luisa Gonzalez/Reuters)

Juan Guaidó: "Claro que é difícil dizer que estamos bem quando crianças morrem nos hospitais (por falta de eletricidade), quando massacram nossos indígenas. Sabemos que estamos em crise e por isso continuamos lutando" (Luisa Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2019 às 18h00.

Caracas - O chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido por vários países como presidente interino da Venezuela, anunciou neste sábado uma excursão pelo país e uma grande manifestação em Caracas para reivindicar o poder, desde 2013 nas mãos do chavista Nicolás Maduro.

"Vamos, toda a Venezuela a Caracas, porque precisamos de todos unidos. Neste momento anuncio meu percurso por toda a Venezuela para trazê-los a Caracas e conseguir o objetivo", disse Guaidó em uma concentração com seus seguidores no sudoeste da capital.

O opositor afirmou que a data e hora das suas visitas aos mais de 20 estados da Venezuela serão anunciadas com pouca antecedência para evitar que o "tranquem" nas vias.

"E depois anunciaremos, então, a data quando viremos todos juntos a Caracas para exercer nossa possibilidade (de tomar o poder)", acrescentou Guaidó em meio aos gritos de milhares de pessoas que pediam para ir ao Palácio Presidencial de Miraflores, a sede do Poder Executivo na Venezuela.

Mais cedo, dezenas de policiais tentaram dissolver a manifestação com gás lacrimogêneo e cordões de isolamento que impediam que os opositores se aproximassem da avenida Victoria, local onde os manifestantes se reuniram neste sábado.

Guaidó teve que usar um megafone para se dirigir às milhares de pessoas que estavam desde o início da manhã na concentração, depois que a polícia desmontou durante a madrugada um palanque no qual o político faria seu discurso.

O opositor também se referiu ao blecaute que já dura 48 horas em várias regiões do país, e afirmou que 16 estados permanecem sem energia elétrica.

"Claro que é difícil dizer que estamos bem quando crianças morrem nos hospitais (por falta de eletricidade), quando massacram nossos indígenas. Sabemos que estamos em crise e por isso continuamos lutando", afirmou.

Além disso, Guaidó alertou que se o serviço de energia elétrica não for restabelecido a Venezuela pode passar por uma crise de gasolina.

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