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Grupos de oposição estudam transferência do poder na Síria

Para o dirigente do Conselho de Coordenação Nacional, é preciso criar um ambiente adequado para a transferência de poder na Síria para depois se chegar ao cessar-fogo


	Participaram do encontro 22 partidos e grupos, além de representantes da Rússia, China, Irã e Argélia
 (Louai Beshara/AFP)

Participaram do encontro 22 partidos e grupos, além de representantes da Rússia, China, Irã e Argélia (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2012 às 13h49.

Cairo - Várias organizações e partidos da oposição interna síria se reuniram neste domingo em Damasco para 'preparar o ambiente adequado para uma transferência democrática do poder na Síria', disse à Agência Efe o dirigente do Conselho de Coordenação Nacional (CCN), Khalaf Dahud.

O dirigente detalhou que participam deste encontro 22 partidos e grupos, entre eles o CCN, a principal organização opositora interna, e 250 personalidades locais. A eles se somaram representantes de Rússia, China, Irã e Argélia.

'A presença das delegações destes países se justifica porque são aliados do regime e queremos pôr em evidência porque estes países estão dispostos a mudar sua política rumo à crise síria e reconhecer a existência de uma oposição nacional', ressaltou Dahud.

Em sua opinião, é preciso primeiro criar o ambiente adequado para uma transferência de poder na Síria para depois 'chegar a um cessar-fogo entre as duas partes'.

Na abertura da reunião, o embaixador russo em Damasco, Azamat Kulmujametov, pronunciou um discurso no qual ressaltou a importância de os sírios encontrarem uma solução pacífica à crise longe de qualquer intervenção estrangeira, informou a agência de notícias oficial síria 'Sana'.

Kulmujametov explicou que os esforços de Moscou se centram em instar e pressionar os grupos armados para que abandonem a violência e avancem rumo a uma solução política através de um diálogo nacional.

Durante a reunião foi aprovado um documento como base das ações da oposição dentro da Síria na etapa transitória até a hipotética queda do regime do presidente Bashar al Assad, que contempla uma 'resistência não violenta para conseguir os objetivos da revolução'.

O comunicado, ao qual a Agência Efe teve acesso, destaca que 'a militarização da revolução (armando os civis) é um perigo tanto para a revolução como para a sociedade'.

Por esse motivo, 'vemos o Exército Livre Sírio (ELS) como um fenômeno objetivo que emergiu da rejeição dos soldados sírios a matar seus compatriotas que protestavam pacificamente', diz a nota, que indica que, como componente da revolução, o ELS deve 'apoiar, fortalecer e defender a estratégia pacífica'.

Da conferência não puderam participar três dirigentes do CCN desaparecidos desde quinta-feira passada, e que, segundo seu grupo, estão nas mãos da Inteligência do regime sírio. EFE

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