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Grupos contra Aids lamentam morte de peritos em acidente

Dezenas de destacados especialistas na área podem ter morrido a bordo do avião que foi derrubado na Ucrânia

Boeing 777 da Malaysia: entre passageiros estava Joep Lange, que pesquisava a doença havia mais de 30 anos (Tomasz Bartkowiak/Files/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 10h05.

Melbourne/Londres - O universo da pesquisa contra a Aids estava em estado de choque nesta sexta-feira pelo fato de que dezenas de destacados especialistas na área podem ter morrido a bordo do avião que foi derrubado na Ucrânia , provocando um duro golpe nas esperanças de uma cura para a doença. Algumas mortes já foram confirmadas.

Entre eles estava Joep Lange, que pesquisava a doença havia mais de 30 anos e era considerado um das maiores autoridades na área, admirado por sua defesa incansável da garantia do acesso barato a drogas de combate à Aids em países pobres.

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"Ele é um dos ícones de toda esse campo de pesquisa. Sua perda é imensa", disse Richard Boyd, professor de imunologia na Universidade Monash, de Melbourne, à Reuters. Estima-se que até 100 pessoas que iam para uma conferência anual sobre Aids em Melbourne se encontravam no voo, noticiou a Fairfax Media, entre eles Lange, ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids (SAI), responsável pelo evento. "A cura da Aids poderia estar à bordo daquele avião, simplesmente não sabemos", disse Trevor Stratton, um consultor sobre Aids que já se encontrava em Sydney para um pré-evento, à rede Australia Broadcasting Corp.

A conferência, marcada para começar no domingo, tem entre os principais palestrantes deste ano o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e são esperados mais de 12 mil participantes.

A SAI ainda trabalhava com as autoridades responsáveis para confirmar o número de conferencistas a bordo do avião. "Em reconhecimento à dedicação de nossos colegas na luta contra o HIV/Aids, a conferência vai continuar como planejado e vai incluir oportunidades para refletirmos e nos lembrarmos daqueles que perdemos", disse a entidade em comunicado.

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