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Grupo faz protesto em novo hotel de Trump em Washignton

"Não a Trump, não ao KKK (Ku Klux Klan), não a um Estados Unidos racista", cantavam os manifestantes, que prometem ficar até a noite em frente ao hotel


	Protesto: o grupo quis realizar o protesto e denunciar a retórica racista do candidato
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Protesto: o grupo quis realizar o protesto e denunciar a retórica racista do candidato (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 13h57.

Washington - Cerca de 30 pessoas se reuniram nesta segunda-feira no centro de Washington para protestar contra a inauguração de um novo hotel que leva o nome do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, e que fica a menos de um quilômetro da Casa Branca, local onde o magnata confia que estará depois das eleições de novembro.

"Não a Trump, não ao KKK (Ku Klux Klan), não a um Estados Unidos racista", cantavam os manifestantes, que reuniram no início da manhã e prometem ficar até a noite em frente ao hotel, que foi aberto hoje na história Avenida Pensilvânia da capital americana.

Apesar da cerimônia de abertura oficial do empreendimento estar marcada para outubro e não haver previsão de uma visita de Trump ao local hoje, o grupo quis realizar o protesto no primeiro dia de operações do hotel e denunciar a retórica racista do candidato.

"Qualquer hóspede que entre hoje em um hotel de Trump deve saber que haverá manifestantes zangados do lado de fora", disse à Agência Efe Brian Becker, diretor nacional da Answer Coalition, uma organização civil pacifista e contra o racismo que organizou o ato.

Trump ganhou em 2012 um contrato para restaurar a antiga sede do escritório postal, um majestoso edifício do fim do século XIX, e transformá-lo em um hotel de luxo, uma tarefa na qual investiu cerca de US$ 200 milhões. As obras foram concluídas antes do previsto.

Ao longo da campanha presidencial, o edifício, que fica na avenida que leva do Capitólio à Casa Branca, ganhou uma enorme placa com o nome do candidato republicano.

O projeto esteve cercado de polêmica, especialmente depois do chef espanhol José Andrés ter se negado a comandar um restaurante dentro do hotel devido aos comentários racistas de Trump, que resolveu processá-lo por quebra de contrato.

"Nosso objetivo era construir um muro humano contra o racismo, contra a intolerância e em defesa e apoio dos imigrantes e da comunidade muçulmana", disse Becker.

Com um cartaz escrito "Tacos sim, Trump não", o imigrante indiano Suhail Shafi resumia sua solidariedade com os imigrantes mexicanos, que foram atacados por Trump ao longo da campanha presidencial.

"Hoje ele tenta se colocar contra os mexicanos. Amanhã será com outro grupo e assim sucessivamente. Isso criará um país mais perigoso e sinistro para todos nós", disse Shafi.

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