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Grevistas da Lonmin na África do Sul aceitam oferta salarial

O conflito de seis semanas no setor de mineração, que custou 45 vidas, também acendeu críticas contra o presidente Jacob Zuma e seu Congresso Nacional Africano

Mineiros em greve comemoram o aumento de 22% do salário, na África (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Mineiros em greve comemoram o aumento de 22% do salário, na África (Siphiwe Sibeko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 15h04.

Marikana - Os mineiros em greve na mina da Lonmin em Marikana, na África do Sul, disseram nesta terça-feira que aceitaram uma oferta de aumento salarial e voltarão a trabalhar na quinta-feira, após seis semanas de inquietação no setor de mineração da maior economia da África.

Os grevistas reunidos aplaudiram perto da mina, a 100 quilômetros a noroeste de Johanesburgo, quando foram informados da oferta de 22 por cento de aumento salarial, disse uma testemunha à Reuters.

Em outro sinal de que as semanas de protestos trabalhistas no cinturão de platina da África do Sul poderiam estar terminando, a maior produtora de platina do mundo, a Anglo American Platinum, disse que havia retomado suas operações na área de Rustenburgo, afetada por uma greve.

"A Anglo American Platinu Limited (Amplats) confirma que todas as suas operações foram retomadas em Rustenburgo, a partir do turno desta manhã", disse a empresa em um comunicado.

As greves no setor de mineração afetaram a moeda local, o rand, elevando o risco de default na dívida sul-africana e motivando alguns investidores estrangeiros nervosos a vender ações em empresas de mineração.

O conflito de seis semanas no setor de mineração, que custou 45 vidas, também acendeu críticas contra o presidente Jacob Zuma e seu Congresso Nacional Africano. Eles enfrentam acusações de adversários políticos de que têm negligenciado os trabalhadores pobres e ficado do lado dos empresários ricos.

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