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Greenpeace recorre de decisão que mantém 22 ativistas presos

O Greenpeace recorreu da decisão de prisão preventiva que mantém 22 dos 30 tripulantes do navio 'Arctic Sunrise' detidos na Rússia


	Navio do Greenpeace: tripulantes foram presos após uma ação de protesto contra a exploração no Ártico
 (Getty Images)

Navio do Greenpeace: tripulantes foram presos após uma ação de protesto contra a exploração no Ártico (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 10h07.

Moscou - O Greenpeace recorreu nesta segunda-feira da decisão de prisão preventiva que mantém 22 dos 30 tripulantes do navio "Arctic Sunrise" detidos na Rússia, os quais foram presos após uma ação de protesto contra a exploração no Ártico.

"O recurso foi interposto perante o Tribunal Regional de Murmansk. Em relação aos outros oito ativistas (também em prisão preventiva desde o domingo), os documentos serão apresentados nos próximos dias", informou um porta-voz do Greenpeace às agências locais.

A prisão preventiva dos tripulantes do navio quebra-gelo aprisionado pela guarda costeira russa - incluindo a da bióloga brasileira Ana Paula Maciel - foi justificada pelo risco dos mesmos fugirem, obstruírem o trabalho dos investigadores ou seguirem articulando atividades ilegais.

O Comitê de Instrução (CI) russo anunciou hoje que apresentará em breve acusações formais contra todos os membros da tripulação do navio do Greenpeace por tentar invadir a plataforma petrolífera Prirazlomnaya, de propriedade da companhia energética Gazprom.

A ação do Greenpeace, cujos ativistas queriam se acorrentar à plataforma da Gazprom, foi descrita pelo CI como "uma ameaça real à segurança pessoal dos trabalhadores da plataforma e da propriedade".

"Tais ações são penalmente puníveis, independentemente de seus motivos. E os supostos fins pacíficos em nenhum caso as justificam", assinalou.


O tribunal Leninski da cidade de Murmansk considerou que os 30 tripulantes da embarcação devem permanecer na prisão enquanto a justiça russa investiga o crime de pirataria que o CI deseja os acusar.

O chefe do programa ártico do Greenpeace Rússia, Vladimir Chuprov, negou que os ativistas da organização pudessem ter colocado em risco a vida dos operários da plataforma da Gazprom.

"O Greenpeace é uma organização não violenta. Se alguém arriscou suas vidas nessa ação, foram os próprios ativistas", completou Chuprov, que ressaltou que os ativistas do Greenpeace são instruídos antes de tomar parte nessas ações para evitar incidentes violentos.

No entanto, o chefe do programa ártico do Greenpeace na Rússia celebrou o fato do CI não ter mencionado a palavra "pirataria" entre as acusações contra os tripulantes do "Arctic Sunrise".

Os ativistas condenados procedem de 19 países: Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, Brasil, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.

Após o protesto junto à plataforma da Gazprom em águas do mar de Barents, no Ártico russo, o navio quebra-gelo da ONG foi aprisionado pela guarda costeira russa, enquanto seus tripulantes acabaram detidos provisoriamente até uma decisão da justiça sobre o caso.

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