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Grande Rabino da França confessa ter tentado esconder plágio

Em seu livro, havia similaridades com as reflexões do filósofo Jean-François Lyotard


	Gilles Bernheim: ele admtiu ter confiado uma parte dos trabalhos de pesquisa e redação de sua obra a um estudante "por falta de tempo"
 (Jeff Pachoud/AFP)

Gilles Bernheim: ele admtiu ter confiado uma parte dos trabalhos de pesquisa e redação de sua obra a um estudante "por falta de tempo" (Jeff Pachoud/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 10h17.

Paris - O Grande Rabino da França Gilles Bernheim declarou nesta quarta-feira que confiou uma parte da redação de suas "Quarenta meditações judaicas" (editora Stock), publicadas em 2011, a um escritor anônimo que plagiou outras obras, e depois tentou encobri-lo de forma torpe.

"Os plágios desmascarados na internet foram comprovados", escreveu em um comunicado o Grande Rabino, acusado pelo site "Strass da filosofia", que havia descoberto similaridades inquietantes entre seu livro e as reflexões do filósofo Jean-François Lyotard publicadas em "Questions au Judaïsme" (Perguntas ao judaísmo) em 1996.

"Aparentemente, neste livro havia outros plágios que não foram identificados até agora", acrescentou Bernheim, que explicou que confiou uma parte dos trabalhos de pesquisa e redação de sua obra a um estudante "por falta de tempo".

"Foi a única vez que realizei um acordo semelhante (...). Foi um erro terrível (...). Me enganaram. No entanto, sou responsável", acrescentou em seu comunicado escrito de Jerusalém.

Diante das primeiras acusações de plágio, Bernheim havia assegurado que para redigir suas "Meditações" se baseou em cursos realizados nos anos 1980.

Segundo ele, as fotocópias de seus cursos e de suas gravações sonoras podem ter sido utilizadas "sem seu conhecimento".

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