Mundo

Grande noite de Barack Obama encerrará Convenção Democrata

O presidente americano roubará a cena nesta quinta-feira ao discursar como candidato oficial à reeleição


	Barack Obama abraça Bill Clinton na Convenção Democrata: durante seu discurso, o presidente deve retomar temas já abordados em Charlotte, como a defesa da classe média
 (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

Barack Obama abraça Bill Clinton na Convenção Democrata: durante seu discurso, o presidente deve retomar temas já abordados em Charlotte, como a defesa da classe média (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 13h47.

Charlotte - Barack Obama vai roubar a cena na noite desta quinta-feira ao discursar como candidato oficial no encerramento da Convenção Democrata realizada em Charlotte.

O presidente é esperado às 22h10 (23h10 de Brasília) no "Time Warner Cable Arena", um complexo com 15 mil lugares no centro da cidade da Carolina do Norte (sudeste), onde desde terça-feira grandes nomes do partido, políticos locais e outras personalidades têm apresentado seus argumentos em defesa de um novo mandato de quatro anos para Obama.

Obama deveria inicialmente pronunciar seu discurso de nomeação oficial em um estádio ao ar livre que, caso recebesse as 73.000 pessoas de sua capacidade total, daria aos democratas a oportunidade de mostrar que o entusiasmo de 2012 pode ser decisivo assim como em 2008, apesar dos quatro anos no poder muitas vezes difíceis.

Mas a comissão organizadora decidiu levar o evento para a Time Warner Cable Arena, um salão coberto cinco vezes menor, oficialmente por causa do risco de tempestades sobre a região à noite.

De acordo com sua equipe de campanha, Obama ficou decepcionado com a mudança de programação, o que significa que 65.000 ingressos não serão vendidos. Os democratas negaram ter problemas para encher o estádio, como foi insinuado pelos republicanos.

Durante seu discurso, o presidente deve retomar temas já abordados em Charlotte: a defesa da classe média e o desmantelamento dos argumentos de seu adversário republicano Mitt Romney, nomeado há uma semana por seu partido, em Tampa, Flórida (sudeste).

Quarta-feira à noite, o ex-presidente Bill Clinton mostrou mais uma vez que é um orador excepcional ao fazer um apelo apaixonado em favor de seu sucessor. Ele disse acreditar em Obama "de todo coração" e enfatizou sua capacidade para melhorar a economia, criticando a "bagunça total" deixada pelos republicanos há quatro anos.


Enquanto os republicanos se concentram há dias no argumento utilizado com sucesso por Ronald Reagan contra o democrata Jimmy Carter, em 1980, "Você está em uma posição melhor do que há quatro anos?", Clinton reservou a eles uma resposta clara.

"Será que estamos onde queremos? Não. E será que o presidente está satisfeito? Não. Mas nós estamos em uma posição melhor do que quando ele assumiu o governo, com uma economia em queda livre, que perdia 750 mil postos de trabalho por mês? A resposta é sim!", gritou.

Obama tornou-se oficialmente o candidato democrata nesta madrugada, quando as delegações votaram por ele, estado por estado e em ordem alfabética, em um procedimento cerimonial, já que o presidente era o único candidato.

Obama, que será antecedido no palco nesta quinta-feira pelo seu vice-presidente, Joe Biden, está engajado em uma campanha amarga contra Romney, evidenciada pelos resultados das últimas pesquisas.

Enquanto a votação antecipada em alguns estados para a eleição presidencial começa já nesta quinta-feira, Obama, acompanhado de sua esposa Michelle, que também fez um discurso triunfal na terça-feira em Charlotte, deve começar a fazer campanha na sexta-feira com Biden em New Hampshire (nordeste) e Iowa (centro), dois estados-chave onde Romney planeja uma visita no mesmo dia.

Ambos os lados estão atentos aos resultados da Convenção de Charlotte sobre as intenções de voto para Obama, assim como aos valores do desemprego que devem ser anunciados na manhã de sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaBill ClintonEleições americanasPartido Democrata (EUA)PersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei

Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá