A bandeira confederada, uma homenagem vergonhosa a uma época durante a qual possuir escravos era legal, segundo manifestantes (Brian Snyder/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2015 às 17h20.
Charleston - Uma das maiores empresas de confecção de bandeiras dos Estados Unidos declarou nesta terça-feira que irá parar de fabricar e vender bandeiras dos confederados após o ataque da semana passada contra fiéis negros em uma igreja de Charleston, na Carolina do Sul.
O vice-presidente de vendas da empresa Valley Forge Flag, Reggie VandenBosch, disse que a companhia, sediada no Estado da Pensilvânia, tomou a decisão em meio à polêmica sobre a bandeira dos confederados, que atualmente tremula na sede do governo da Carolina do Sul, na cidade de Columbia.
Embora alguns a vejam como um lembrete do passado nobre do Estado em desafio à autoridade federal, muitos outros a enxergam como uma homenagem vergonhosa a uma época durante a qual possuir escravos era legal.
"Esperamos que esta decisão mostre nosso apoio a todos aqueles afetados pelos eventos recentes em Charleston e, ainda que de maneira tímida, ajude a incentivar a união e a tolerância raciais em nosso país", afirmou a Valley Forge Flag em comunicado.
A empresa de 133 anos vende milhões de bandeiras todos os anos, declarou VandenBosch, acrescentando que a bandeira dos confederados representa somente uma pequena fatia dos negócios.