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Governo turco culpa construções irregulares pelas mortes no terremoto

O primeiro-ministro do país prometeu derrubar todos os edifícios erguidos sem licença e que não estejam preparados para suportar tremores

Estragos após terremoto na Turquia: mais de 2.200 prédios desabaram na província de Van (Dimitar Dilkoff/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 10h09.

Istambul - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a culpa do alto número de mortos no terremoto de domingo é da deficiência das construções, e prometeu derrubar todos os edifícios erguidos sem licença e que não estejam preparados para suportar tremores.

'Apesar dos terremotos sofridos antes, não tomaram atitudes. Vendo os escombros, podemos comprovar a má qualidade dos materiais. O cimento se transformou em areia. Os municípios, as empreiteiras e a fiscalização deveriam se dar conta que estas negligências são comparáveis a cometer um crime', criticou.

Por isso, o primeiro-ministro prometeu se encarregar do problema e atuar contra estas negligências, embora seja uma medida impopular para o governo.

De acordo com Erdogan, o Executivo ordenará derrubar todos os 'gecekondu', que são bairros de casas construídas pelos próprios moradores, sem permissão e normalmente em terrenos de propriedade estatal, onde mora mais da metade da população urbana da Turquia segundo alguns estudos.

'Se é preciso, utilizaremos dinheiro do orçamento para expropriar estes edifícios tipo 'gecekondu' ou construídos sem licença. Seja qual for o preço, apesar dos problemas para os votos. Se temos que escolher, preferimos perder o Governo que continuar com este panorama', acrescentou.

O primeiro-ministro também criticou duramente aqueles que 'tratam de fazer política sobre a desgraça', em referência às críticas da oposição sobre sua gestão da crise.

O governante classificou como 'racistas' alguns comentários nacionalistas que apareceram, especialmente em redes sociais, mostrando alegria pelo terremoto e a morte dos curdos 'amigos dos terroristas' do grupo armado PKK.

Pelo menos 461 pessoas morreram pelo terremoto de 7,2 graus que atingiu no domingo a província de Van, no leste da Turquia, a parte mais pobre do país e onde habita boa parte da minoria curda.

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Istambul - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a culpa do alto número de mortos no terremoto de domingo é da deficiência das construções, e prometeu derrubar todos os edifícios erguidos sem licença e que não estejam preparados para suportar tremores.

'Apesar dos terremotos sofridos antes, não tomaram atitudes. Vendo os escombros, podemos comprovar a má qualidade dos materiais. O cimento se transformou em areia. Os municípios, as empreiteiras e a fiscalização deveriam se dar conta que estas negligências são comparáveis a cometer um crime', criticou.

Por isso, o primeiro-ministro prometeu se encarregar do problema e atuar contra estas negligências, embora seja uma medida impopular para o governo.

De acordo com Erdogan, o Executivo ordenará derrubar todos os 'gecekondu', que são bairros de casas construídas pelos próprios moradores, sem permissão e normalmente em terrenos de propriedade estatal, onde mora mais da metade da população urbana da Turquia segundo alguns estudos.

'Se é preciso, utilizaremos dinheiro do orçamento para expropriar estes edifícios tipo 'gecekondu' ou construídos sem licença. Seja qual for o preço, apesar dos problemas para os votos. Se temos que escolher, preferimos perder o Governo que continuar com este panorama', acrescentou.

O primeiro-ministro também criticou duramente aqueles que 'tratam de fazer política sobre a desgraça', em referência às críticas da oposição sobre sua gestão da crise.

O governante classificou como 'racistas' alguns comentários nacionalistas que apareceram, especialmente em redes sociais, mostrando alegria pelo terremoto e a morte dos curdos 'amigos dos terroristas' do grupo armado PKK.

Pelo menos 461 pessoas morreram pelo terremoto de 7,2 graus que atingiu no domingo a província de Van, no leste da Turquia, a parte mais pobre do país e onde habita boa parte da minoria curda.

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