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Governo Trump sofre novo baque com desistência de indicado

A confirmação de Puzder era considerada praticamente impossível pelo Senado americano

Andrew Puzder: o senador republicano Marco Rubio comentou que a decisão de Puzder foi "correta" (Fred Prouser/File Photo/Reuters)

Andrew Puzder: o senador republicano Marco Rubio comentou que a decisão de Puzder foi "correta" (Fred Prouser/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 09h49.

O indicado pelo presidente Donald Trump para ser o secretário do Trabalho, o empresário Andrew Puzder, anunciou sua desistência do cargo nesta quarta-feira (15) - de acordo com uma declaração divulgada pela imprensa local.

"Estou retirando minha nomeação para ser secretário do Trabalho. Me sinto honrado de ter sido considerado e agradecido àqueles que me apoiaram", escreveu o empresário na rede social Twitter.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, confirmou para a imprensa que Puzder "se retirou".

A confirmação de Puzder era considerada praticamente impossível pelo Senado americano, já que até congressistas do Partido Republicano tinham dúvidas sobre sua candidatura.

De acordo com diversos legisladores, Puzder sequer teria conseguido apresentar por escrito as informações solicitadas e, nos últimos dias, ficou claro que não teria os votos necessários para ser confirmado no posto.

Logo depois da notícia, o senador republicano Marco Rubio comentou que a decisão de Puzder foi "correta".

Em nota, o líder da bancada democrata, senador Chuck Schumer, comemorou a retirada do nome de Puzder como "uma vitória dos trabalhadores americanos".

Puzder, um empresário milionário dono da rede de fast-food CKE, acredita em que o aumento do salário mínimo gere perda de empregos menos qualificados e apoia o fim da reforma de saúde promovida pelo ex-presidente Barack Obama.

"Nunca devia ter sido considerado para ser secretário do Trabalho", acrescentou Schumer.

Na semana passada, o Senado confirmou Betsy DeVos como nova secretária da Educação, após uma acirrada disputa em plenária, com uma votação empatada em 50 votos a 50.

Essa situação forçou a intervenção do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, para emitir o voto de Minerva. O episódio ampliou uma lista já significativa de situações desgastantes para o novo governo.

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