Posto da Galp, em Portugal: venda da participação do governo na petrolífera faz parte do plano português de reduzir os gastos do Estado (Divulgação/Galp)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2010 às 10h50.
Lisboa - Portugal colocará à venda na próxima semana 7% da companhia petrolífera Galp que ainda tem em seu poder, equivalente a 900 milhões de euros, com uma emissão de obrigações, anunciou hoje a entidade estatal, Parpública.
Galp Energia, cujos principais acionistas são a italiana ENI e o grupo luso Amorim com 33,3% de títulos cada um, está entre as empresas de participação pública das quais o Governo português decidiu desfazer-se em março dentro das medidas para reduzir a despesa do Estado e injetar receita.
Parpública, que controla os títulos da Galp e de outras empresas com capital estatal, informou ao regulador da bolsa de valores que a operação será iniciada na próxima terça-feira por meio de uma emissão de obrigações conversíveis em ações de Galp.
O comunicado da entidade estatal à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assinala que a emissão inscreve-se em uma nova fase de privatização da companhia petrolífera, uma das maiores empresas lusas e com atividade na Espanha, Brasil, Venezuela, Angola e outros países africanos.
A venda de ações de Galp faz parte do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) para o ano 2010-2013 apresentado pelo Governo português à União Europeia para reduzir o déficit público de 9,4% em 2009 para 2,8%.
O primeiro-ministro socialista luso, José Sócrates, incluiu nesse programa um conjunto de medidas de austeridade, com redução das despesas da Administração e aumento dos impostos, para enfrentar a desconfiança dos mercados internacionais e a grave crise econômica que vive o país.
Galp Energia é uma das maiores empresas lusas, com ativos de 12 bilhões de euros e operações em 13 países, que incluem acordos para exploração e comercialização de hidrocarbonetos com as empresas estatais PDVSA (Venezuela), Petrobras (Brasil), Sonangol (Angola) e Sonatrach (Argélia).
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